
Comissão de Saúde propõe iniciativa para combater AVC, principal causa de morte no Brasil
Ele tem como objetivo criar o Programa de Conscientização e prevenção do AVC (Acidente Vascular Cerebral). É de autoria da comissão de saúde e assistência social,...
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Por Katiane Fermino

Na manhã desta segunda-feira (13) foi discutido na 68ª sessão ordinária da 1ª sessão legislativa da 18ª legislatura na Câmara Municipal de Cascavel, o PLO (Projeto de Lei Ordinária) n°142.
Ele tem como objetivo criar o Programa de Conscientização e prevenção do AVC (Acidente Vascular Cerebral). É de autoria da comissão de saúde e assistência social, constituída pelos parlamentares, Edson Souza (MDB), Cidão da Telepar (PODEMOS) e Rondinelli Batista (NOVO).
São diretrizes do programa:
- A promoção continua de campanhas educativas de esclarecimento e conscientização acerca dos fatores de risco, causas, formas de prevenção, sintomas e tratamento do acidente vascular cerebral;
- A distribuição de material informativo à população em geral e em formatos acessíveis (impresso, digital, audiovisual e em Libras);
- A incorporação e implementação de ações de promoção da saúde junto à comunidade;
- O incentivo à prática regular de atividades físicas e à adoção de hábitos alimentares saudáveis
- saudáveis;
- A realização de palestras e treinamentos periódicos para profissionais de saúde, professores, cuidadores e agentes comunitários;
- A criação de protocolos de identificação rápida do AVC em ambientes escolares, esportivos e de grande circulação;
- A divulgação de informações em mídias sociais, rádio, televisão e meios de comunicação comunitários;
- A inserção de conteúdos sobre prevenção e identificação do AVC em programas de educação em saúde nas escolas e unidades de saúde.
A justificativa que eles utilizaram é que o Acidente Vascular Cerebral, também conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte no Brasil. Somente de 1º de janeiro e 5 de abril de 2025, foram registradas 18.724 mortes por AVC no país, o equivalente a uma morte a cada sete minutos, segundo dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil. Em 2024, o total de óbitos chegou a 84.878.
Apesar de esforços de médicos e pesquisadores, o AVC continua sendo um enorme desafio para as políticas públicas, principalmente em três áreas: prevenção, tratamento e reabilitação.
O Brasil tem avançado com importantes ações pelo SUS (Sistema Único de Saúde), como distribuição e uso do trombolítico (medicamento que dissolve coágulos e pode salvar vidas), protocolos que agilizam o diagnóstico e tratamento, criação de 119 centros especializados no atendimento ao AVC, com apoio do Ministério da Saúde.
Mesmo assim, a prevenção ainda é o melhor caminho. A maioria dos casos está relacionada a fatores de risco modificáveis, sendo a hipertensão o mais comum. Outros fatores incluem: sedentarismo, obesidade, glicemia elevada (diabetes), tabagismo, consumo de álcool e drogas ilícitas, estresse e predisposição genética
Diagnóstico precoce
Reconhecer os sinais do AVC e agir rápido é fundamental. Os sintomas mais comuns incluem:
- Fraqueza ou dormência no rosto, braços ou pernas, geralmente em apenas um lado do corpo
- Dificuldade para falar e compreensão
- Alteração na visão
- Dificuldade para caminhar, tontura, desequilíbrio
- Dor de cabeça intensa e súbita, acompanhada ou não de vômito
- Confusão mental
Em caso de suspeita, a orientação é ligar imediatamente para o SAMU – 192. Não dê remédios por conta própria e mantenha a pessoa deitada e tranquila; O atendimento rápido pode evitar complicações ou sequelas permanentes.
Após um AVC, é essencial que o paciente seja avaliado por médico e fisioterapeuta para iniciar o tratamento o quanto antes. As sequelas variam conforme a área do cérebro afetada e podem incluir paralisia de um lado do corpo, boca torta e dificuldade de fala.
O projeto foi aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Cascavel.
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