
Jovem luta contra câncer cerebral e vira pai duas semanas após cirurgia
Os primeiros sinais do problema começaram a se manifestar semanas antes do diagnóstico. Eddie apresentava episódios de enjoo, tonturas e visão embaçada. O quadro se agravou...
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Por Katiane Fermino

Maggie e Edward Hanratty enfrentaram um dos períodos mais desafiadores de suas vidas em 2024. À espera da primeira filha, o casal foi surpreendido por um diagnóstico devastador: Eddie, então com 30 anos, foi informado de que tinha um câncer cerebral agressivo, exigindo cirurgia de emergência a apenas um mês do parto.
Os primeiros sinais do problema começaram a se manifestar semanas antes do diagnóstico. Eddie apresentava episódios de enjoo, tonturas e visão embaçada. O quadro se agravou com a ocorrência de convulsões, levando-o a buscar atendimento hospitalar urgente.
“Quando ele ligou dizendo que teria que ficar no hospital para exames mais complexos, achei que ele estava brincando. Nunca havíamos imaginado que poderia ser algo tão grave”
Maggie
Após exames detalhados, Eddie recebeu o diagnóstico de astrocitoma de alto grau, um tipo de tumor cerebral maligno e de rápido crescimento.
Segundo o neurocirurgião Antônio Araújo, da Clínica Araújo & Fazzito:
“Estes tumores se originam nos astrócitos, tipo de célula que constitui o maior componente do tecido cerebral. Os de grau 3 são os mais malignos e preocupantes, especialmente em pessoas jovens”.
Antônio Araújo
A tomografia revelou uma massa de 7,3 centímetros de diâmetro. Diante da gravidade, a cirurgia para remoção do tumor foi agendada para duas semanas depois. O procedimento, embora fundamental, envolvia riscos consideráveis, podendo afetar funções como memória e fala.
O desfecho da cirurgia foi, porém, positivo. Eddie acordou consciente e lúcido, surpreendendo a família.
“A primeira coisa que ele fez foi uma piada, começou a brincar conosco, foi tão feliz saber que ele ainda continuava ali”
Maggie
A equipe médica conseguiu remover 98% do tumor. Conforme explicou o neurocirurgião, a extensão da retirada e a análise do material extraído determinam a necessidade de tratamentos complementares, como radioterapia ou quimioterapia. No caso de Eddie, foi recomendado um ciclo de seis meses de quimioterapia para reduzir o risco de recidiva.
Em abril de 2025, Eddie concluiu o tratamento e os exames subsequentes indicaram estabilidade, sem sinais de avanço da doença. Apesar da boa resposta, ele ainda enfrenta episódios de fadiga e náusea, permanecendo sob acompanhamento médico regular.
A vida da família Hanratty mudou radicalmente. Duas semanas após a cirurgia, nasceu Mila, a primeira filha do casal. Hoje com 14 meses, ela é considerada por Maggie “a melhor coisa que já nos aconteceu”. A mãe acredita que a chegada da criança foi fundamental para dar forças ao marido durante a recuperação.
Eddie realiza exames trimestrais e, caso os resultados permaneçam estáveis, as consultas poderão ser espaçadas. A rotina familiar passou a ser pautada pela recuperação do pai e pela criação da filha, em meio ao tratamento contínuo.
Para arcar com os custos médicos, a família lançou uma campanha de financiamento coletivo online no GoFundMe. Apesar de terem arrecadado mais de 30 mil dólares, o valor não cobre nem 10% das dívidas hospitalares acumuladas com a cirurgia de Eddie e o parto de Maggie.
Fonte: Metrópoles
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