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Conforme delegado, bebê de dois anos assassinado no Periolo foi amarrado com fita crepe pelos ‘pais’

O caso teve início no dia 7 de junho, quando equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas para atender uma ocorrência em...

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Por Fábio Wronski

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O delegado Fabiano Moza, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cascavel, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira para detalhar a prisão de um casal acusado de matar uma criança de dois anos e meio no bairro Periolo, em Cascavel, em junho deste ano. A mãe e o padrasto da vítima foram detidos em Pato Branco, após a expedição de mandados de prisão preventiva.

O caso teve início no dia 7 de junho, quando equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas para atender uma ocorrência em uma residência no bairro Periolo. Segundo o relato da mãe, a criança teria caído no banheiro e não apresentava sinais vitais. No entanto, os profissionais do Samu constataram, ainda no local, que os sinais do corpo não eram compatíveis com a versão apresentada.

“Foi verificado que a criança apresentava diversos hematomas com diferentes colorações, indicando lesões em épocas distintas. A equipe do Samu achou estranha a explicação da mãe e acionou a Divisão de Homicídios”, relatou o delegado Fabiano Moza.

De acordo com o delegado, a mãe e o padrasto mantiveram a versão do acidente doméstico durante o primeiro contato com a polícia. Na ocasião, a mãe foi submetida a monitoramento eletrônico, uma vez que ainda não havia laudo de necropsia conclusivo, e posteriormente mudou-se para Pato Branco.

Com a conclusão do laudo pericial, a Polícia Civil obteve elementos que reforçaram a suspeita de homicídio. “O laudo detalhou múltiplas escoriações por todo o corpo da criança – cabeça, pescoço, ombro, dorso, punhos, mãos, pernas e pés. Havia ainda lesões causadas por objeto semelhante a uma fita ou corda, fratura em duas costelas, hematomas no fígado, edema e necrose no pâncreas”, detalhou Moza. Segundo o exame, a causa da morte foi ação contundente com traumatismo torácico abdominal, associada à pancreatite traumática e peritonite aguda. “Não se trata de um acidente doméstico, mas sim de múltiplas agressões em momentos distintos, caracterizando a chamada síndrome da criança espancada”, afirmou o delegado.

Durante as investigações, uma fita crepe em formato de algema foi apreendida na residência. O material está sendo submetido a exame de DNA para verificar se foi utilizado para amarrar a criança. “Se confirmado, isso pode agravar ainda mais a situação dos acusados”, explicou o delegado.

A Polícia Civil apura a participação do padrasto, que alegou trabalhar o dia todo fora de casa e não presenciar as agressões. No entanto, segundo Moza, ele poderá responder por omissão, já que residia no local e tinha responsabilidade legal de proteger a criança.

A mãe e o padrasto foram presos preventivamente e estão à disposição da Justiça. O inquérito policial deve ser concluído em até dez dias. Caso sejam condenados, poderão pegar penas entre 20 e 40 anos de prisão, com agravantes por serem ascendentes da vítima e pela idade inferior a 14 anos.

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