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Os três paulistas, contratados pelo icaraimense (direita) para a cobrança de dívida

Áudio de ligação a parentes mostra desespero após desaparecimento de homens que foram cobrar conta

Na tarde da última quarta-feira (6), um dia após o sumiço de Robislhley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi – ambos de São José do Rio...

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Por Fábio Wronski

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O desaparecimento de quatro homens, entre eles três cobradores de dívidas, mobiliza as forças de segurança e provoca tensão entre familiares e amigos na região noroeste do Paraná. Conversas telefônicas gravadas, às quais o portal OBemdito teve acesso, revelam tentativas desesperadas de negociação para a libertação dos desaparecidos, supostamente mantidos em cárcere.

Na tarde da última quarta-feira (6), um dia após o sumiço de Robislhley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi – ambos de São José do Rio Preto – e Diego Henrique Afonso, de Olímpia (SP), um amigo do grupo entrou em contato com Carlos Henrique, um dos filhos de Antônio Buscariollo, residente no distrito de Vila Rica, em Icaraíma. Na ligação, o amigo solicita a libertação dos “meninos”, referindo-se aos cobradores: “Eu preciso dos meninos. Me entregue os meninos. Eu prometo que nada vai aparecer, a cobrança acaba aqui”.

Carlos Henrique confirmou que três homens estiveram na casa do pai em uma caminhonete branca. Segundo ele, os visitantes disseram: “Nós vamos voltar aqui amanhã (terça-feira) e se não tiver dinheiro, nós vamos pegar o gado ou a terra”.

Na sequência da conversa, o amigo reforça o apelo: “Pede para a sua mãe entrar em contato com seu irmão e pede para devolver os meninos. Vamos jogar limpo. Os meninos estão lá, estão sequestrados. Entrega os meninos, morreu a cobrança, morreu tudo”.

Em outra ligação, Carlos Henrique se queixa que um dos amigos dos cobradores estaria ameaçando sua família: “O cara quer matar a gente. Falou que vai matar minha família… Minha mãe está ligando chorando, que meu irmão sumiu”. O interlocutor nega as ameaças e insiste: “Ninguém vai matar ninguém. Só quero os meninos, tá? Te dou minha palavra”.

Na sexta-feira (8), outra chamada gravada registra o mesmo amigo conversando com a esposa de Antônio Buscariollo, mãe dos filhos dele. Ele explica: “O Alencar contratou uns cobradores para receber do Carlos Henrique aí. Esses três rapazes que foram para cobrar, desapareceram. (O Alencar também). Eu só peço uma coisa para a senhora. Que a senhora entre em contato com eles e informa que se os meninos estiveram lá sequestrados, alguma coisa assim, é para entrar em contato nesse telefone que eu estou ligando para a senhora, para falar onde estão os meninos, que a gente vai buscar os meninos”. O amigo reforça que, caso os desaparecidos sejam libertados, não haverá mais cobrança e pede que a polícia não seja acionada.

Segundo informações, Diego, Rafael e Robislhley foram contratados por Alencar Gonçalves de Souza, morador de Icaraíma, para efetuar a cobrança de uma dívida relativa à venda de uma propriedade rural para Carlos Eduardo, filho de Antônio Buscariollo. O imóvel estaria sendo administrado por Antônio e pelo filho mais novo, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22 anos. Antônio e Paulo Ricardo são procurados pela polícia pelo desaparecimento dos quatro homens.

Inicialmente, a Polícia Civil informou que a dívida relativa à venda do imóvel seria de aproximadamente R$ 1 milhão, valor posteriormente corrigido. Três notas promissórias, cada uma de pouco mais de R$ 25 mil, foram emitidas em nome de Carlos Eduardo Candido Buscariollo. A Polícia Civil não informou se Carlos Eduardo é considerado suspeito.

As buscas pelos desaparecidos continuam nesta terça-feira (11), com um grande aparato das Polícias Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros, que contam com apoio de aeronaves, embarcações e cães farejadores. As operações concentram-se em um raio de 165 quilômetros do rio Ivaí, onde existe a suspeita de que o veículo utilizado pelos desaparecidos, um Fiat Toro de propriedade de Diego Henrique, tenha sido lançado nas águas com os corpos dentro. O trabalho é intensificado na região de uma rampa de acesso ao rio.

Até o momento, não há informações sobre o paradeiro dos quatro desaparecidos. As investigações prosseguem.

As informações são do O Bemdito.

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