Funkeiro Leandro Abusado morre aos 40 após batalha contra bactéria rara 

O cantor Leandro Rogério, conhecido no cenário do funk carioca como Leandro Abusado, faleceu na segunda-feira (28), aos 40 anos, em decorrência da Síndrome de Fournier, uma infecção bacteriana rara e grave que atinge os tecidos moles da região perineal. O artista estava internado no Posto de Assistência Médica (PAM) de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e não resistiu às complicações da doença. A informação foi confirmada por sua equipe, por meio de comunicado divulgado nas redes sociais.

Leandro Abusado tornou-se conhecido nos anos 2000 ao lado da cantora Maysa, com quem formou o grupo “Leandro e As Abusadas”. O hit “Aqui no Baile do Egito” marcou época nos bailes da Furacão 2000 e, em 2025, voltou a viralizar na plataforma TikTok. Após o diagnóstico da doença, o cantor reduziu suas apresentações, mas manteve-se ativo nas redes sociais.

Em março de 2025, Leandro relatou ter começado a enfrentar os sintomas da Síndrome de Fournier. Em vídeo publicado no Instagram, explicou que ignorou um inchaço na região perineal por duas semanas, até perceber um odor anormal. “A bactéria penetra pela pele e se espalha. Se não tratar, incha tudo e consome a carne. Foi o que aconteceu comigo”, afirmou. Ao dar entrada no hospital, foi constatada a necrose de partes da região afetada.

O tratamento da doença exigiu cuidados intensivos, incluindo o uso de fraldas geriátricas e procedimentos médicos especializados. Para arcar com os custos, Leandro organizou uma vaquinha online, arrecadando R$ 1.699,56.

A Síndrome de Fournier é uma infecção necrosante causada por diferentes tipos de bactérias, que atacam os tecidos entre o ânus e os órgãos genitais. Segundo o New England Journal of Medicine, a taxa de mortalidade da doença varia entre 20% e 40%. O quadro pode ser desencadeado por cortes, infecções urinárias, abscessos, procedimentos médicos ou falta de higiene. O tratamento envolve internação em unidade de terapia intensiva, administração de antibióticos intravenosos, cirurgias de desbridamento e, em alguns casos, colostomia temporária ou reconstrução cirúrgica. A demora em buscar atendimento médico agravou o quadro de Leandro, dificultando a reversão da infecção.

A morte do cantor gerou comoção entre fãs e colegas. Maysa, parceira de longa data, lamentou a perda nas redes sociais: “Minha risada nunca mais será a mesma sem você. Vai com Deus, meu amor”.

Fonte: O Imediato Online