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Cheia no Amazonas afeta mais de 533 mil pessoas e coloca 40 cidades em emergência

Segundo o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do Amazonas, a altura do Rio Negro em Manaus chegou a 29,02 metros neste sábado e...

Publicado em

Por Agência Estado

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Das 62 cidades do Amazonas, 40 estão em situação de emergência devido à cheia do Rio Negro. Outras 18 estão em alerta. Até a manhã deste sábado, 5, mais de 533 mil pessoas foram afetadas.

Segundo o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do Amazonas, a altura do Rio Negro em Manaus chegou a 29,02 metros neste sábado e está em nível critico de enchente. Moradores de diferentes regiões do Estado tiveram as casas alagadas, perderam bens e viram suas colheitas serem destruídas pela água.

Alunos impossibilitados de ir para a escola estão tendo aulas online com o suporte do projeto Aula em Casa, criado durante a pandemia de covid-19 e adotado em situações de inundação.

Apesar de não ser a maior marca histórica (em 2021, o nível chegou a 30,02 metros), a água neste ano subiu de forma mais rápida, segundo o secretário de Defesa Civil, coronel Francisco Ferreira Máximo Filho.

“Chuvas intensas afetaram o Estado nas últimas semanas e só não houve uma quebra nas altas históricas porque estamos vindo de um período de estiagem”, diz Máximo. De fato, em dezembro de 2024, o nível chegou a 12,11 metros, a menor mínima registrada.

A Defesa Civil estima que, nos próximos dias, o nível da água irá se estabilizar e gradualmente começar a diminuir, mesmo com chuvas contínuas no norte do Amazonas e em Roraima.

O Estado possui nove calhas (subdivisões das bacias hidrográficas) e todas seguem em processo de cheia. Apenas quatro cidades em todo o Estado não enfrentam o cenário. “É importante as pessoas entenderem que estão vivendo sob uma ameaça real”, alerta o coronel.

Mudanças climáticas

Tradicionalmente, a altura do Rio Negro aumenta a partir de março e diminui no mês de julho. A alta neste mês acende alertas. Não à toa, enquanto calcula os prejuízos, a Defesa Civil trabalha com a perspectiva de que eventos desse tipo aconteçam novamente nos próximos anos. E o maior responsável, ressalta Máximo, são as mudanças climáticas.

“Enquanto os acordos internacionais não forem cumpridos e não observarmos uma redução dos efeitos do aquecimento global, a tendência é que o mundo continue com esse desequilíbrio climático, de erosões fluviais a enchentes e estiagens”, diz.

“Não devemos nos surpreender porque temos a convicção de que somos afetados pelas alterações no sistema ecológico”, acrescenta o coronel.

Ele comenta que, antes das inundações, o sistema de monitoramento da Defesa Civil já tinha emitido alertas às cidades. Além disso, o Amazonas conta com um comitê permanente de eventos climáticos extremos.

“Estamos falando de um Estado que tem bastante déficit habitacional, problemas de saneamento e infraestrutura. Isso leva muitas pessoas a morarem em situação de vulnerabilidade, o que aumenta o risco nestes cenários de cheia”, pontua.

Contenção de danos

Para lidar com o problema, o Governo do Amazonas enviou 580 toneladas de alimentos, 57 mil copos de água e 10 kits purificadores de água aos municípios afetados.

Segundo o boletim divulgado diariamente por meio do programa Operação Cheia 2025, também foram enviados 72 kits de medicamentos e uma estação móvel de tratamento de água percorre as ruas de áreas afetadas.

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