CGN
Acesse aqui o Discover e busque as mais lidas por mês!

Moraes suspende atos sobre IOF E marca audiência de conciliação

De acordo com Moraes, o embate entre Executivo e Legislativo, com “sucessivas e reiteradas declarações antagônicas”, é “indesejável” e contraria “fortemente” o princípio constitucional que “determina...

Publicado em

Por Agência Estado

Publicidade

Mais acessadas agora

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira, 4, os efeitos tanto do decreto do governo que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) quanto da decisão do Congresso que derrubou a medida, e determinou a realização de uma audiência de conciliação entre o Executivo e Legislativo sobre o tema, no próximo dia 15.

De acordo com Moraes, o embate entre Executivo e Legislativo, com “sucessivas e reiteradas declarações antagônicas”, é “indesejável” e contraria “fortemente” o princípio constitucional que “determina a independência dos Poderes e exige a harmonia entre eles”.

No fim de maio, o governo publicou decreto mudando as alíquotas do IOF para uma série de operações e aplicações financeiras. Diante das reações, o Executivo recuou da tributação sobre investimentos no exterior. O Congresso reagiu e, na semana passada, aprovou um projeto de decreto legislativo derrubando o decreto que aumentava o IOF.

Para a audiência de conciliação do dia 15, Moraes determinou a intimação das presidências da República, do Senado e da Câmara, assim como da Procuradoria-Geral da República, Advocacia-Geral da União e demais partes da ação. “Após a realização da audiência de conciliação, será analisada a necessidade de manutenção da liminar concedida (a suspensão tanto dos decretos do Executivo e do Legislativo)”, indicou.

Logo após o despacho de Moraes, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse em um post no X que a decisão “evita o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras em sintonia com o desejo da maioria do plenário da Câmara dos Deputados e da sociedade”.

Questionado por jornalistas sobre a decisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o “Supremo está sendo provocado a se manifestar sobre questões muito centrais do funcionamento da execução orçamentária, do reequilíbrio das contas públicas, da observância de princípios legais para condução da política econômica na direção correta”. E acrescentou: “Há três anos, estamos fechando as portas da evasão, da elisão, da sonegação”.

Segundo especialistas, a questão que deve pesar no julgamento é se a decisão de aumentar o IOF teve caráter regulatório ou se serviria apenas para aumentar a arrecadação do governo. Em entrevista ao Estadão, o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan, diz que há como comprovar que o decreto teve caráter regulatório.

Na medida do Executivo, Moraes aponta, a princípio, “séria e fundada dúvida sobre eventual desvio de finalidade para sua edição”. No caso do decreto legislativo, o ministro questiona o fato de ele ter mudado decreto autônomo do presidente da República.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja Mais

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

AVISO
agora
Plantão CGN