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Professores pedem socorro: “A gente está dando conta da falta de mais de 500 servidores na educação”

Segundo Gilsiane Peiter, o tema da audiência foi definido pela comissão organizadora, sem consulta prévia ao sindicato. Ela destacou que o Siprovel buscava ampliar o debate,...

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Por Silmara Santos

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Durante audiência pública realizada para discutir os impactos da revogação da Lei 4.958 de 2008, a presidente do Sindicato dos Professores de Cascavel (Siprovel), Gilsiane Quelin Peiter, apresentou o posicionamento da categoria e rebateu críticas relacionadas ao número de atestados médicos apresentados por professores da rede municipal.

Segundo Gilsiane Peiter, o tema da audiência foi definido pela comissão organizadora, sem consulta prévia ao sindicato. Ela destacou que o Siprovel buscava ampliar o debate, abordando não apenas a revogação de uma lei considerada obsoleta, mas também questões estruturais da educação municipal.

“Nós queríamos discutir de forma democrática essa organização. Se ficarmos debatendo a Lei 4.958 por vários anos, não vamos avançar naquilo que é importante para a educação de Cascavel”, afirmou.

A dirigente sindical chamou atenção para a superlotação das salas de aula no município. De acordo com Peiter, há uma deliberação do Conselho Municipal de Educação que define o número de alunos na educação infantil, porém essa norma não estaria sendo respeitada. No ensino fundamental, segundo ela, não existe uma definição clara sobre o número de alunos por turma, ficando essa decisão a cargo exclusivo da Secretaria de Educação, quando deveria ser responsabilidade do Conselho Municipal.

Gilsiane Peiter também abordou a questão dos atestados médicos apresentados por professores. Segundo dados apresentados durante a audiência, quase sete mil atestados foram registrados, número que a presidente do Siprovel atribui à sobrecarga de trabalho e à falta de mais de 500 servidores na rede municipal.

“Quase 7 mil atestados apresentados, é por quê? Porque a gente não está fazendo de conta que está dando aula, a gente está dando aula e está dando conta da falta de mais de 500 servidores na educação. Então esse é o número que tem que estar valendo e eu vou deixar a estatística para a professora Márcia, porque ela tem bastante estatística e nós temos a realidade dos nossos colegas dizendo que da forma hoje como as salas estão colocadas, com o número de alunos em sala e com a falta de servidor, nós estamos adoecendo e estamos pedindo socorro para que alguém desse município se compadeça e entenda que é completamente absurdo querer dizer que eu posso colocar 40 crianças lá no Francisco Vaz, uma escola de periferia, para superar aquela escola do centro que às vezes tem 15. Nós não estamos falando de cabeças, nós estamos falando de seres humanos, é as nossas crianças”.

Ela enfatizou que a situação tem levado ao adoecimento dos profissionais e pediu atenção das autoridades para o problema.

A presidente do Siprovel criticou ainda a discrepância na distribuição de alunos entre escolas do município, citando o exemplo de uma escola de periferia com 40 alunos por sala, enquanto outra, no centro, teria apenas 15.

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