
Parceria entre pesquisadores e comunidades protege mangues na Amazônia
Árvores que chegam a 30 metros de altura – como um edifício de dez andares –, com raízes fixadoras que ultrapassam o tamanho de uma pessoa.......

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Por CGN
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Árvores que chegam a 30 metros de altura – como um edifício de dez andares –, com raízes fixadoras que ultrapassam o tamanho de uma pessoa. Os mangues amazônicos são grandes sumidouros de carbono, superando as métricas até mesmo da floresta amazônica. Esse ecossistema é responsável por retirar da atmosfera três vezes mais gás poluente do que florestas de terra firme.
que está o maior território contínuo de manguezais sob proteção legal de todo o mundo. Os dados superlativos tornam também mais difícil o monitoramento e a fiscalização desses territórios.
trabalha junto às comunidades locais para mapear tanto a vegetação e a fauna quanto as áreas onde há corte de madeira. O projeto também identifica as áreas mais sensíveis e realiza o reflorestamento desses locais.
onde as pessoas já fabricam ali mesmo as tábuas de madeira.
cobertura chega a
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A extração de madeira, assim como a captura de caranguejos não é ilegal nesses territórios. Mas, no caso do corte, é preciso informar o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“É área de uso, mas tudo é controlado. Só que eles dão um truque. Têm que dizer quanto de madeira, qual madeira e onde vai cortar. Eles declaram isso, mas vão em outro lugar e tiram tudo que querem. Não tem fiscalização”, diz Fernandes. “Eles conseguem driblar. Muita gente também quer vender para fazer carvão para as padarias, para as olarias, etc. Então, é um problema, de fato, [a extração de] madeira aqui. Mas não é tão grave quanto é no Nordeste, quanto é no Sudeste”, acrescenta.
ter melhor qualidade de vida lá na frente ou ser mais adaptável, mais sensível às mudanças que estão ocorrendo. Então, se eu escolher melhores sementes, eu sou capaz promover uma floresta mais resiliente, mais adaptável
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Mangues na Amazônia
Os manguezais são áreas úmidas que estão entre o mar e a terra firme. As espécies vegetais e animais que ali vivem são resistentes ao fluxo das marés e ao sal. O ecossistema abriga caranguejos, moluscos como ostras e sururus, peixes, aves e até mesmo mamíferos e répteis.
Fernando Frazão/Agência Brasil
O Brasil é o segundo país com maior extensão de manguezal, com 14 mil quilômetros quadrados (km²) ao longo da costa, ficando atrás apenas da Indonésia, com cerca de 30 mil km². 80%
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De toda a extensão amazônica, a maior parte está em 120 unidades de conservação que abrangem 12 mil km², 87% do ecossistema em todo o Brasil. Isso faz com o que o Brasil tenha o maior território contínuo de manguezais sob proteção legal de todo o mundo, de acordo com os dados do ICMBio.
Fernando Frazão/Agência Brasil
Sumidouros de carbono
Na Amazônia, por conta do maior acesso a recursos hídricos, o mangue na região também acaba se desenvolvendo mais do que nas outras regiões do país, com árvores que chegam a 30 metros de altura.
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Um deles é a capacidade de retirar gás carbônico da atmosfera e armazená-lo no solo, que, por ser muito úmido e denso, acaba retendo o gás poluente. De acordo com Fernandes, os manguezais da região armazenam 600 toneladas de carbono por cada hectare, de acordo com as medições feitas pelo projeto. “Isso é muita coisa. Então, é mais do que a média mundial”, diz.
Fernando Frazão/Agência Brasil
Um dos grandes riscos para o manguezal são as mudanças climáticas e a consequente redução de chuvas no local,
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começam a perder essa função. O solo começa a ser aerado, o oxigênio começa a entrar mais para esse solo, e o processo de decomposição começa a jogar mais gás carbônico para fora”, diz.
Os impactos já são sentidos. Segundo Silva, a taxa de precipitação na região, que chegava a 3 mil milímetros (mm) por ano, atualmente chega a 2 mil mm.
Fernandes complementa que a extinção dos mangues na região pode gerar consequências catastróficas, não apenas locais, mas impactando toda a costa, com avanço do mar e alagamento de regiões costeiras.
vai jogar isso para fora. É como se você liberasse uma bomba de carbono para o ambiente”, diz. “E tem um efeito nacional absurdo na nossa costa,
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Mangues da Amazônia
O Mangues da Amazônia nasce a partir do trabalho de estudo e conservação de manguezais feito no Laboratório de Ecologia de Manguezal (LAMA) da UFPA, em Bragança. O projeto, patrocinado pela Petrobras, está no segundo ciclo de execução. O primeiro foi entre 2021 e 2022, quando foram recuperados 14 hectares de mangue. O segundo ciclo começou em 2024 e segue até 2026, com a meta de reflorestar mais 17 hectares.
Fernando Frazão/Agência Brasil
O projeto é parte do Programa Petrobras Socioambiental, que patrocina 160 projetos em todo o país, com um investimento previsto de R$ 1,5 bilhão até 2029. De acordo com a gerente de Direitos Humanos da Gerência Executiva de Responsabilidade Social da Petrobras, Sue Wolter, o Mangues é um dos projetos com maior retorno, tanto ambiental, quanto social. A cada R$ 1 investido pela Petrobras, o retorno estimado para a sociedade é de R$ 7.
“O objetivo do Programa Petrobras Socioambiental é implantar os projetos buscando transformação social. Levar valor para a sociedade, para os territórios onde a gente está e, ao mesmo tempo, isso é um valor para a companhia. A gente entende que como uma empresa estatal brasileira, a gente tem uma função social e essa função social é ajudar esse processo de transformação de desenvolvimento”, diz.
*A equipe da Agência Brasil viajou à Bragança entre os dias 11 e 14 de junho para conhecer o projeto Mangues da Amazônia, a convite da Petrobras, patrocinadora do projeto.
Fonte: Agência Brasil
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