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Imagem referente a MUPA e Laboratório de Física Nuclear Aplicada da UEL analisam obras de Iria Correa
Foto: Heloisa Nichele/MUPA-PR

MUPA e Laboratório de Física Nuclear Aplicada da UEL analisam obras de Iria Correa

Os cientistas analisaram as obras com sete técnicas: Fluorescência de Raios X, Espectroscopias Raman e de Infravermelho Próximo, Ultravioleta (UV), Microscópio Digital, Colorímetro e ColorChecker. Essas......

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Por CGN

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Foto: Heloisa Nichele/MUPA-PR

Pesquisadores do Laboratório de Física Nuclear Aplicada (LFNA), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), estiveram no Museu Paranaense (MUPA) para estudar doze obras da artista paranaense Iria Corrêa (1839 – 1887). Nascida em Paranaguá, Corrêa foi pioneira na produção artística paranaense, dedicando-se ao retrato e à natureza morta, desenvolvendo carreira em uma época em que as mulheres eram invisibilizadas enquanto profissionais.

Os cientistas analisaram as obras com sete técnicas: Fluorescência de Raios X, Espectroscopias Raman e de Infravermelho Próximo, Ultravioleta (UV), Microscópio Digital, Colorímetro e ColorChecker. Essas técnicas permitem obter diferentes informações como, por exemplo, a composição elementar e molecular das tintas usadas pela artista, a identificação de pontos de restauro, imagens ampliadas de pontos das obras, e análise das cores. As informações permitirão criar uma documentação científica de cada obra estudada.

Em 2019, o MUPA apresentou a exposição individual “Em Foco: Iria Corrêa” e, posteriormente, duas de suas obras participaram da exposição “História das mulheres: artistas até 1900”, do MASP. Desde 2023, três de suas pinturas a óleo e um álbum de aquarelas estão em exposição na mostra “Objeto Sujeito”, que ativa o acervo histórico do MUPA.

“Essa parceria reforça nosso compromisso com a pesquisa e valoriza ainda mais o acervo de Iria Corrêa, unindo ciência e memória para ampliar o reconhecimento de uma artista pioneira no Paraná”, afirma Gabriela Bettega, diretora do MUPA.

O LFNA é um dos pioneiros no Brasil em trabalhos da área de Arqueometria, desde a década de 1990. O grupo possui um laboratório móvel, que permite levar aos museus os equipamentos científicos necessários para estudar as obras. “Este trabalho é muito importante no sentido de fornecer dados científicos das obras da artista paranaense Iria Corrêa, e firmar ainda mais a parceria de trabalhos em Arqueometria entre o LFNA, da UEL, e o MUPA”, avalia Avacir Andrello, coordenador do LFNA.

O grupo já desenvolveu trabalhos com museus nacionais, como o MASP e o Museu de Arqueologia e Etnologia (USP), além de várias colaborações internacionais. Os materiais estudados vão de pinturas, cerâmicas arqueológicas e pinturas rupestres a esculturas metálicas e de madeira, metais (moedas de ouro, prata) e pinturas murais.

“A caracterização arqueométrica de pinturas de Íria Corrêa é uma importante continuidade dos trabalhos que o LFNA tem realizado há décadas com o MUPA, seja no estudo de objetos do museu, seja no estudo de sítios arqueológicos paranaenses com pinturas rupestres”, complementa Carlos Roberto Appoloni, coordenador do projeto, que é financiado pelo CNPq.

Além de Appoloni e Andrello, integram o grupo a pesquisadora e antropóloga do MUPA Claudia Inês Parellada, Fabio Luiz Melquiades, Eduardo Inocente Jussiani, Rafael Molari e Letícia Martins Birelo.

IRIA CORRÊA – Nascida em uma família tradicional de Paranaguá em 20 de outubro de 1839, Iria foi a segunda filha entre nove irmãos. Aos 10 anos foi matriculada no Colégio Particular Feminino James, das britânicas Jéssica e Willie James, onde se destacou nas aulas de música e pintura. A artista produziu obras em crayon, pastel, aquarela e óleo. Entre os temas retratados estavam imagens de santos, paisagens, naturezas-mortas e retratos.

Iria Corrêa foi contemporânea de figuras como Julia da Costa e Fernando Amaro, e é considerada uma das mulheres mais instruídas de seu tempo. Seu pioneirismo está, principalmente, na carreira que desenvolveu como artista em uma época em que as mulheres eram quase invisíveis enquanto profissionais. Ela recebia encomendas, dava aulas e, por um determinado momento, sustentou sua família com seu trabalho – é considerada a primeira mulher a se dedicar profissionalmente à pintura no Paraná. Iria faleceu aos 48 anos, em 14 de março de 1887.

Fonte: AEN

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