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Imagem referente a Parlamentares do Brics criticam guerra tarifária promovida pelos EUA

Parlamentares do Brics criticam guerra tarifária promovida pelos EUA

Sem citar explicitamente o governo do presidente Donald Trump, parlamentares de países do Brics criticaram, nesta terça-feira (3), em Brasília, a guerra comercial promovida por meio......

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Por CGN

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Imagem referente a Parlamentares do Brics criticam guerra tarifária promovida pelos EUA

Sem citar explicitamente o governo do presidente Donald Trump, parlamentares de países do Brics criticaram, nesta terça-feira (3), em Brasília, a guerra comercial promovida por meio de tarifas adotadas de forma unilateral pelos Estados Unidos (EUA), que impactam os mercados mundiais desde abril deste ano. 

Na condição de presidente do Brics em 2025, o Brasil sedia, nesta semana, o 11º Fórum Parlamentar do bloco, no qual se deu a reunião dos presidentes das comissões de relações exteriores de 15 países. O grupo inclui membros permanentes e parceiros do principal bloco de economias emergentes do planeta. 

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidiu a reunião, destacando a necessidade de aumentar o comércio entre os países do Brics e criticando medidas tarifárias unilaterais como as tomadas por Trump.

O representante brasileiro acrescentou que, apesar de um mundo cada vez menos cooperativo, o Brics continua firme “no seu compromisso de lutar pelo multilateralismo”. Ao contrário do bilateralismo ou unilateralismo, o multilateralismo busca construir soluções em conjunto com os países para os problemas comuns do planeta.

A presidência do Brasil no Brics ocorre em meio à expansão do bloco e ao início do novo mandato de Donald Trump, que tem rejeitado o multilateralismo em favor de construir soluções unilaterais ou bilaterais, sendo as bilaterais aquelas acordadas apenas entre dois países. 

“Alguns países estão aplicando tarifas em todos os lugares. Eles colocam abertamente seus próprios interesses acima do interesse da comunidade internacional e ignoram o sistema multilateral de comércio e as regras estabelecidas. Infringem gravemente os direitos e interesses legítimos de todos os países”, comentou o parlamentar chinês.

Wang Ke defendeu a unidade do Brics para enfrentar essa situação. “O Brics está se tornando cada vez mais a espinha dorsal da cooperação no Sul Global e o motor do crescimento. Devemos fortalecer a unidade e a cooperação e trabalhar juntos para salvaguardar nossos direitos e interesses legítimos”, concluiu.

“Infelizmente, muitas vezes, existe a ideia de, se eu ganho, você perde. E o princípio do Brics é o princípio de que todos possamos ganhar”, explicou.

 

O uso de moedas locais para o comércio entre países do Brics, em substituição ao dólar, é uma das principais propostas do bloco. A ideia é alvo de duras críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, que promete taxar países que substituam o dólar, como forma de preservar a hegemonia da moeda estadunidense no mercado global. 

“A arquitetura do sistema internacional promove um desequilíbrio pela influência desproporcional dos países desenvolvidos e das grandes corporações. Embora esse desequilíbrio continue no sistema de comércio global, essa arquitetura financeira está enraizada em arranjos unilaterais”, disse o representante sul-africano.

A reforma dos organismos internacionais, como Organização Mundial do Comércio (OMC), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Conselho de Segurança da ONU, está entre as principais demandas do Brics. 

“Vemos o início de uma nova ordem mundial com novos desafios. O comércio do Brics não é apenas uma meta, é uma necessidade. E isso se torna ainda mais crucial com as rupturas atuais ainda avançando na arena global do comércio ocidental. Que nós possamos diversificar nossos canais de comércio, menos dependentes de mercados internacionais”, afirmou o nigeriano.

América Latina

Além do Brasil, que é membro permanente do Brics, a América Latina conta com outros dois integrantes: Cuba e Bolívia, que são membros parceiros. A Argentina chegou a ser membro permanente do bloco, mas o presidente de ultradireita Javier Milei decidiu tirar o país da organização após assumir a Casa Rosada. 

O representante boliviano, o parlamentar Felix Ajpi Ajpi, lembrou que seu país oferece muitas oportunidades para investimentos por possuir as maiores reservas de lítio do planeta, um dos principais minerais usados pela indústria na transição energética.

“Defendemos adicionar mais países para esse sistema moderno [do Brics]. Por isso, a gente agradece ao Brasil por apoiar a gente, para que possamos virar parceiros nesse mundo multipolar, que é uma solução pacífica para o desenvolvimento, já que sofremos muito tempo com o unilateralismo”, disse.

O NDB – banco do Brics – tem atualmente cerca de 100 projetos financiados que somam aproximadamente US$ 33 bilhões. O banco tem um papel central na estratégia do bloco de ampliar os investimentos nos países do bloco e do Sul Global.

Brics

Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a coalização de países incluiu, no ano passado, como membros permanentes: o Irã, a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia e o Emirados Árabes Unidos.

Neste ano, foi a vez da Indonésia ser incluída como membro permanente. Além disso, em 2025, foi inaugurada a modalidade de membros parceiros, com a inclusão de nove países: Belarus, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

Fonte: Agência Brasil

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