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Imagem referente a Paraná apresenta pesquisas no combate ao greening a técnicos catarinenses e gaúchos
Paraná apresenta pesquisas no combate ao greening a técnicos catarinenses e gaúchosFoto: Evandro Fadel/SEAB

Paraná apresenta pesquisas no combate ao greening a técnicos catarinenses e gaúchos

Entre as principais medidas preventivas contra o greening, também chamado de HLB (Huanglongbing), está a correta aplicação de inseticida. Complementarmente se recomenda o uso de um......

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Por CGN

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Paraná apresenta pesquisas no combate ao greening a técnicos catarinenses e gaúchosFoto: Evandro Fadel/SEAB

A pesquisa científica paranaense também é aliada contra o greening, principal doença que afeta a citricultura. Os trabalhos desenvolvidos pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) foram apresentados nesta quinta-feira (29) aos técnicos, fiscais, agrônomos e veterinários de Santa Catarina e Rio Grande do Sul que visitam o Estado nesta semana para conhecer as ações e fortalecer a parceria no combate à doença.

Entre as principais medidas preventivas contra o greening, também chamado de HLB (Huanglongbing), está a correta aplicação de inseticida. Complementarmente se recomenda o uso de um sistema biológico para o manejo do psilídeo Diaphorina citri, que é o vetor da bactéria Candidatus Liberibacter, causadora da doença. Trata-se da Tamarixia radiata, uma vespinha parasitária inimiga natural do psilídeo, que é desenvolvida nos laboratórios do IDR-Paraná em Londrina, visitados nesta quinta-feira. “Nós assumimos a missão de produzir a Tamarixia”, disse o pesquisador Rui Pereira Leite Júnior.

Desde 2016 foram lançadas cerca de 14 milhões de Tamarixias no Paraná em pomares domésticos (tanto de zonas rurais como urbanas), áreas marginais de propriedades comerciais, plantios abandonados e também nas cidades, sobretudo onde há plantas de murta, espécie ornamental que é uma das principais hospedeiras do psilídeo.

No campo elas buscam os ninhos da Diaphorina citri para se reproduzir. Depositam seus ovos embaixo das ninfas (forma jovem), que servirão de alimento para as larvas. Cada vespinha pode eliminar até 500 psilídeos. Com isso promove a redução no número de vetores e da incidência da doença.

Para a distribuição adequada da Tamarixia no campo, pesquisadores e especialistas do setor de tecnologia de informação do próprio IDR-Paraná desenvolveram um aplicativo que é utilizado por técnicos e produtores. “Dentre as diversas funcionalidades do aplicativo destaca-se a possibilidade de construir banco de dados e gerar mapas com o histórico de liberação em cada local com as coordenadas geográficas”, disse Aline Pissinati, coordenadora do laboratório. “Além disso, o aplicativo é uma ferramenta de educação e orientação sobre o psilídeo e o parasitóide Tamarixia”.

O projeto, assim como todas as ações realizadas no controle do greening no Paraná, conta com a parceria da iniciativa privada. Atualmente participam as cooperativas Cocamar e Integrada, e a indústria de sucos Prat’s.

Por ano o IDR-Paraná está produzindo aproximadamente 2 milhões de vespinhas. Paralelo a esse desenvolvimento do inimigo natural do psilídeo, o IDR-Paraná faz avaliações de produtos usados no controle do inseto para ver se estão tendo eficiência e identificar os que não deveriam ser utilizados por não terem mais ação.

TRANSFORMAÇÃO – O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), uma das instituições que estão na gênese do atual IDR-Paraná, começou a se interessar pela citricultura em meados da década de 1970, em razão da proibição de produção de laranja no Estado desde a década de 50 pela presença do cancro cítrico. Várias outras doenças foram objeto de pesquisas durante os anos, e agora a principal é o greening. “Esperamos com isso melhorar o manejo do HLB”, disse Rui Pereira Leite.

O IDR-Paraná desenvolve estudos para a produção de cultivares de citros resistentes a doenças. As pesquisas são antigas, iniciadas em 1998, primeiramente com a intenção de desenvolver plantas transformadas para serem resistentes ao cancro cítrico. Recentemente o trabalho ficou concentrado no HLB. A primeira fase já apresenta resultados animadores.

“As plantas não estão imunes, mas com incidências menores que as não transformadas”, disse o pesquisador. “A vantagem é não alterar a qualidade do fruto. As avaliações em campo são realizadas na Estação Experimental de Xambrê”.

O interesse de todos os estados em relação a essa doença deve-se à importância da citricultura para o País, que é desenvolvida do Rio Grande do Sul até o Pará. O suco de laranja é o mais consumido no mundo e o Brasil é responsável por 85% do que é comercializado. O setor cítricola representa US$ 6,5 bilhões em Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

“Nosso grande esforço é evitar o que aconteceu na Flórida, nos Estados Unidos, que no auge chegou a produzir 300 milhões de caixas de laranjas e agora está com 11 milhões com tendência de reduzir mais, em razão do greening”, afirmou o pesquisador.

PARANÁ – A citricultura é o ramo mais representativo na fruticultura paranaense. Nacionalmente o Estado é o terceiro maior produtor. Dados do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023, levantado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), apontam que os principais citros – laranja, tangerina e limão – foram cultivados em 29,3 mil hectares no Estado.

A laranja é o destaque, com 20,8 mil hectares, seguida da tangerina (7,1 mil hectares) e limão (1,3 mil hectares). Os citros tiveram produção de 860,9 mil toneladas – 731,6 mil de laranjas, 94,4 mil de tangerinas e 34,7 mil de limões. Em rendimento monetário, a laranja foi responsável por R$ 751,9 milhões, as tangerinas tiveram VBP de R$ 177,4 milhões, enquanto os limões foram valorados em R$ 55,9 milhões.

Fonte: AEN

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