
Ex-pastor e ‘Senhor das Armas’: o elo entre o Comando Vermelho e o Bando do Magrelo
Josias Bezerra Menezes, foragido e sob proteção do Comando Vermelho, é apontado como importante figura no tráfico de armas e na organização de assassinatos...

Publicado em
Por Silmara Santos
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São Paulo – Josias Bezerra Menezes, de 41 anos, conhecido como “Senhor das Armas” no mundo do crime, é apontado pela Polícia Civil de São Paulo como um importante elo entre o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, e o Bando do Magrelo, uma forte organização criminosa regional de Rio Claro. O ex-pastor, também chamado de Oclinhos ou Pastor, está atualmente foragido e sob a proteção do CV no Complexo da Maré, área controlada pelo crime organizado no Rio.
Menezes, integrante do Bando do Magrelo, é responsável pela venda e envio de armamento pesado para a facção fluminense com a qual é aliado, segundo inquérito da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira. Além disso, interceptações de mensagens pela Polícia Civil revelam que o Pastor determina quem deve morrer, indicando seus alvos para assassinos profissionais, entre eles o policial militar da ativa Carlos Alexandre dos Santos.
Nascido em Campinas, Menezes chegou a exercer a vida religiosa como pastor evangélico. A igreja na qual atuou, porém, não é especificada pela polícia. Sua ligação com o CV foi evidenciada em 5 de setembro de 2018, quando ele e um comparsa foram presos na Rodovia Presidente Dutra, na região da Pavuna, no Rio de Janeiro. Na ocasião, foram encontrados sete fuzis calibre 556, dois revólveres, uma pistola e 510 munições no carro em que Menezes estava.
Após ter sua pena extinta em 26 de janeiro de 2023, Menezes retomou sua vida criminosa. Nas conversas interceptadas no celular do PM Carlos, a DIG identificou que os criminosos se referem a Menezes como Pastor. O ex-religioso também fornecia veículos clonados, geralmente usados nos assassinatos “encomendados por ele”.
O grupo criminoso liderado por Menezes e o PM Carlos atuava em Limeira e cidades próximas do interior paulista, como Araras, Leme, Conchal e, também, na região sul do país. O objetivo dos criminosos ligados ao CV era tentar assumir o controle da chamada “Rota Caipira”, usada para o transbordo de armas e, principalmente, da cocaína produzida na Bolívia e Colômbia.
Fonte: Metrópoles
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