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WTorre faz tabelinha com times paulistas para crescer em arenas

“Esse é um mercado em crescimento no mundo todo”, afirmou o presidente da WTorre, Marco Siqueira, em entrevista exclusiva à Coluna do Broadcast. Como exemplo, citou...

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Por Agência Estado

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A WTorre, enfim, está sentindo o gosto do investimento em estádios de futebol. O faturamento com a Allianz Parque passou a deslanchar, ajudado pelo acordo com o Palmeiras firmado em outubro, após mais de uma década de peleja. Em paralelo, a construtora está adiantada nas negociações para a reforma da Vila Belmiro e do Morumbis. Se os projetos forem confirmados, colocarão a empresa na liderança absoluta no negócio de arenas.

“Esse é um mercado em crescimento no mundo todo”, afirmou o presidente da WTorre, Marco Siqueira, em entrevista exclusiva à Coluna do Broadcast. Como exemplo, citou as modernizações dos estádios de Real Madrid e Barcelona, que se transformaram em empreendimentos multiúso, algo ainda pouco comum por aqui.

“O Brasil melhorou muito o seu parque de arenas pela Copa do Mundo, mas a maioria dos projetos foi deficitário. Tinham a visão de abrigar o evento, mas sem garantir a viabilidade. Hoje, o custo da arena é pesado”, observou. “Na nossa estratégia, buscamos o maior número possível de usos para garantir essa viabilidade”.

Receita em alta

A Real Arenas, braço de atuação da WTorre no setor, vem numa crescente. A empresa teve receita bruta de R$ 124 milhões em 2022, R$ 199 milhões em 2023 e R$ 241 milhões em 2024. Trata-se de um avanço relevante para o negócio, que viu o faturamento despencar para menos de R$ 50 milhões na pandemia. Para 2025, a projeção é beirar os R$ 300 milhões, fruto de mais shows, vendas de cadeiras e camarotes, além de valorização dos patrocínios. “É um conjunto de coisas que está sendo potencializado para gerar um resultado ainda mais robusto”, destacou o diretor financeiro, André Ackermann.

Acordo

Para esse avanço, foi fundamental o acordo de outubro com o Palmeiras para encerrar disputas judiciais a respeito do contrato de exploração do Allianz Parque. O acordo envolveu concessões de ambas as partes, restando como saldo um crédito de R$ 117 milhões para o clube. Desse total, R$ 50 milhões foram pagos à vista, e o restante, na forma de repasse do direito de exploração de uma área no estádio correspondente a 1 mil lugares.

Cativa

O acordo ainda definiu a quantidade de cadeiras que cabem à WTorre comercializar nos jogos da temporada (programa ‘passaporte’). A construtora reclamava o direito de vender 10 mil cadeiras, mas só conseguia faturar com 7 mil em função dos impasses. Agora, poderá usufruir dos 10 mil assentos. “O principal evento para a Real Arenas ano passado foi o acordo com o Palmeiras, encerrando uma disputa de dez anos”, disse Siqueira. “Com o acordo, vimos a reversão de provisões, além do regramento de coisas que estavam dúbias. Foi um ganha-ganha”, disse.

Show e bola

Com mais harmonia na gestão do Allianz Parque, as disputas pelas datas de jogos e shows tende a parar, o que dará mais segurança para produtores e patrocinadores. Na ponta, isso deve aumentar a quantidade de eventos e valorizar o estádio, estimam os executivos. Exemplo disso foi o fim de semana de março que teve concerto do Simply Red no sábado e final do Paulistão no domingo. “Essa logística só foi possível por uma boa relação das partes”, comentou Ackermann.

Vila na fila

Pela frente, a WTorre tem duas negociações de peso em andamento. Em abril, ela assinou memorando de entendimento com o Santos para modernizar a Vila Belmiro. O investimento será na ordem de R$ 700 milhões. Quando pronta, a nova arena terá 30 mil lugares (hoje são 16 mil), 700 vagas de estacionamento (hoje não tem), camarotes, lounge, lojas, restaurante e estrutura para shows. “Ainda é um memorando, mas que já tem o plano de negócios totalmente definido. Se atingir metas de vendas, o projeto se torna firme”, contou o presidente da WTorre, que espera uma confirmação do projeto até o fim deste ano.

Sem conflito

O projeto será financiado por meio das pré-vendas de cadeiras, camarotes e naming rights – que já tem interessados – além de aportes do clube e da construtora. A comercialização está prevista para começar no segundo semestre. O modelo de negócios prevê a criação de uma joint venture que tem o Santos como majoritário. As receitas serão partilhadas de modo proporcional, evitando o conflito de interesses.

O mais querido

Já o outro negócio de peso da WTorre é com o São Paulo. O projeto de reforma do Morumbis foi entregue à diretoria do clube e está sujeita a deliberações internas. “O acordo com o São Paulo está numa fase anterior ao do Santos. Nós ainda vislumbramos mais um período de negociação sobre o modelo de negócio e a estrutura física. O São Paulo tem um estádio grande, com muito potencial para receber eventos, mas precisamos estruturar uma equação correta”, comentou Siqueira.

Por cobertura

A modernização do Morumbis tem custo estimado na faixa de R$ 1,5 bilhão e deve seguir o mesmo modelo de joint venture. O projeto inclui cobertura, 85 mil lugares (hoje são 60 mil), demolição do anel inferior e extensão das cadeiras até a beira do campo, uma ou duas fileiras de camarotes, mais bares e restaurantes, além de quartos de hotel. “A cobertura é uma vontade nossa e do clube, mas é o também o principal item de custo. Então, estamos analisando se é mandatória ou não”, relatou Siqueira.

100 anos de alegrias. Apesar das indefinições, o presidente da WTorre acredita que o São Paulo pode ter um novo estádio a tempo de celebrar o centenário, em 2030. “Dá tempo. E é estratégico, porque se o clube não fizer nada diferente, não tem como entrar em outro patamar de receitas. Com certeza, o estádio pode agregar”.

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