
Dia do Corno é comemorado hoje! De piada a fetiche que atinge milhares de brasileiros
Quando se fala em “corno”, a imagem que vem à cabeça da maioria das pessoas ainda está associada à dor da traição. Mas os tempos mudaram....
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Por Diego Cavalcante

Nesta sexta-feira (25), o Brasil celebra — com doses de humor, reflexões sobre relacionamentos e até fetiches sexuais — o Dia do Corno. A data, que poderia parecer apenas mais uma piada da internet, tem ganhado relevância à medida que o tema da traição deixa de ser apenas sinônimo de dor e deboche e passa a ocupar um espaço curioso na intimidade de muitos casais.
Quando se fala em “corno”, a imagem que vem à cabeça da maioria das pessoas ainda está associada à dor da traição. Mas os tempos mudaram. Uma nova onda de fetiches, que mistura prazer, consentimento e quebra de tabus, tem dado um novo significado ao termo — agora também relacionado a fantasias eróticas envolvendo infidelidade consensual.
De traído a cúmplice: o prazer em ser “corno”
Uma pesquisa da plataforma de sexo Sexlog revelou que mais de 435 mil brasileiros se identificam com o fetiche cuckold — aquele em que o homem sente prazer ao ver ou imaginar sua parceira tendo relações sexuais com outro homem. Entre os entrevistados, 53% afirmaram gostar de assistir a cena ao vivo, e 92% relataram sentir excitação ao apenas fantasiar o momento.
Mas não para por aí. As mulheres também têm se mostrado abertas à prática: 21% delas disseram ter vontade de experimentar o papel de hotwife — termo usado para designar as parceiras que participam ativamente do fetiche.
E, ao contrário do que muitos podem imaginar, essa dinâmica está longe de ser destrutiva para os relacionamentos. Segundo o levantamento, 89% dos adeptos relataram que o fetiche fortaleceu os laços com suas companheiras, e 78% estão em relações estáveis.
O fetiche tem crescido em todo o país, com destaque para estados como Acre (47,69%), Paraná (42,07%) e Rio de Janeiro (39,79%).
Mas nem todo corno é consciente
Se por um lado existem os cornos assumidos e felizes, por outro há aqueles que desconhecem o título. Um estudo da plataforma Ashley Madison, especializada em relacionamentos extraconjugais, apontou que o Brasil lidera — ao lado da Índia — o ranking de infidelidade no mundo.
Entre mais de 13 mil entrevistados, 53% dos brasileiros admitiram já ter se envolvido em um caso extraconjugal. A pesquisa também revelou que, entre esses casos, 35% duraram mais de um ano, sendo a maioria protagonizada por mulheres (56%).
Entendendo o fetiche cuckold
Segundo a sexóloga Alessandra Araújo, o fetiche cuckold pode ter diferentes nuances: desde o prazer pela transgressão e humilhação consentida até a erotização da admiração pela parceira. “Essa fantasia pode envolver níveis diversos de envolvimento emocional e sexual. Para alguns, é o prazer de ‘ser traído com consentimento’; para outros, é sobre submissão e entrega”, explica.
Mas atenção: para quem quiser explorar a prática, o diálogo e o respeito mútuo são indispensáveis. É necessário estabelecer limites, garantir a segurança emocional e sexual de todos os envolvidos e, acima de tudo, validar sentimentos antes e depois das experiências.
O Dia do Corno no Brasil
Com uma boa dose de humor, o Dia do Corno se tornou não apenas um alívio cômico diante das desilusões amorosas, mas também uma oportunidade de refletir sobre os limites (ou a falta deles) nos relacionamentos modernos. E, para muitos, é o dia ideal para assumir com orgulho: sim, sou corno — e tá tudo bem.
Porque, no fim das contas, o corno pode até ser alvo de piada… mas também pode ser protagonista da própria fantasia.
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