
BNDES apoia reforma do Museu Nacional com mais R$ 50 milhões
As obras de reconstrução do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ganharam um novo aporte de recursos do Banco Nacional de......

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Por CGN
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As obras de reconstrução do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ganharam um novo aporte de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesta quarta-feira (2). A instituição liberou o apoio financeiro não reembolsável no valor de R$ 50 milhões. O anúncio foi na Sala das Vigas do Paço de São Cristóvão, palácio que pegou fogo em 2018 e que é a sede do museu, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio.
Junto a outras duas operações nos valores de R$ 21,7 milhões, em 2018, e de R$ 28,3 milhões, em 2020, o total aplicado pelo BNDES na recuperação do museu chega a R$ 100 milhões.
Com o dinheiro, o banco apoia os projetos de restauro do Paço de São Cristóvão, a reforma e readequação do prédio da Biblioteca Central e ações de divulgação e de ativação do museu, que perdeu cerca de 85% dos mais de 20 milhões de itens de seu acervo em um incêndio de grandes proporções no começo da noite do dia 2 de setembro de 2018.
“O Museu Nacional tem um papel fundamental no registro, no resgate, no reconhecimento, na reflexão, na resistência do Brasil profundo, do Brasil secular. Aqui estavam símbolos e expressões de toda a nossa história desse período, em várias dimensões, sobretudo daquilo que somos como sociedade, como seres humanos, como brasileiros. É muito importante nesse espaço majestoso, que herdamos do Império, recuperar e entregar o Museu Nacional o mais breve possível”, disse o presidente do BNDES, Aloisio Mercadante.
Fundo
Durante o anúncio, nesta quarta-feira (2), Mercadante adiantou que a instituição busca a adesão de parceiros para formatar um fundo patrimonial destinado à sustentabilidade financeira de longo prazo do museu, o que garantiria o funcionamento independentemente de disponibilidade de orçamento da União. O fundo serviria, entre outras iniciativas, para o Museu fazer reformas, realizar a sua manutenção e permitir um orçamento de longo prazo para preservar esse acervo.
“Estamos no caminho de concluir essa primeira etapa que é a reconstrução. Nós também vamos trabalhar agora para criar um fundo de sustentação financeira do Museu Nacional. Não adianta simplesmente encerrar este capítulo e depois não ter recursos do orçamento para manter todas as atividades e esse patrimônio cultural que o Rio de Janeiro tem. Para não repetir os erros do passado, o BNDES vai estruturar este fundo e vamos captar recursos. É isso que estamos trabalhando para concluir a obra, iniciar o processo de visitação, acervos e ter um fundo de sustentação financeira de longo prazo”, contou.
Além desse fundo, o presidente revelou que o BNDES atua também para concluir os recursos que ainda faltam para o término da obra do Museu em 2028. A primeira etapa da obra será entregue em 2026.
“Dos R$ 516 milhões do total do orçamento [da restauração], já foram captados, incluindo o aporte de hoje do BNDES, R$ 347 milhões, faltariam R$ 170 milhões. Desses, R$ 101 milhões estão em fase final de negociação. O que falta para fechar com outros parceiros são R$ 70 milhões, mas já tem conversas avançadas para a gente concluir”, explicou, lembrando que, do valor anunciado hoje, R$ 2,4 milhões serão liberados imediatamente.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante anúncio de novo aporte de recursos para a reconstrução do Museu Nacional Tomaz Silva/Agência Brasil
Além desses R$ 50 milhões, que resultam de um acordo entre a empresa Cosan e o BNDES para o encerramento de um processo judicial, a companhia vai liberar mais R$ 3,6 milhões, ainda no âmbito desse acordo.
Mercadante acrescentou que o banco busca junto à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) o apoio de instituições financeiras para conseguir mais R$18 milhões, que também serão empregados na reconstrução do Museu Nacional.
“Com esses R$ 50 milhões, nós fechamos o orçamento até 2026. Depois, para concluir até 2028, vão faltar R$ 70 milhões, porque o resto já está praticamente pactuado. E nós vamos garantir esses outros R$ 70 milhões até o final de 2026, para concluir toda a obra de restauração”, concluiu Mercadante.
“O projeto estaria, sim, chegando em 2026 com dificuldade de continuar andando”, afirmou. “O gesto é estratégico, não é só financeiro. Ele é estratégico para mostrar à sociedade que este projeto é importante e tem que continuar rapidamente”, completou Barreto.
O diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo BarretoTomaz Silva/Agência Brasil
O museu foi criado em 1818 por d. João VI e inicialmente estava localizado no Campo de Santana, atual Praça da República, no centro do Rio. Desde 1892, ocupa o Paço de São Cristóvão, palácio que foi residência da família imperial de 1808 a 1889 e abrigou também a Assembleia Constituinte de 1891.
Considerado a primeira instituição museológica e científica do Brasil, o Museu Nacional integra o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. o reitor da universidade, Roberto Medronho, agradeceu o apoio do BNDES.
“A sociedade precisa entender a importância e o valor da educação, da ciência, da tecnologia, da inovação e da cultura. Não desenvolvemos um país sem a cultura”.
O presidente do BNDES disse ainda que a restauração garantirá às futuras gerações a possibilidade de ter a experiência que os visitantes do museu já tiveram.
O meteorito Bendegó, na entrada do prédio do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista Tomaz Silva/Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
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