Medo nas escadas: homem com tornozeleira assusta trabalhadores em prédio de Cascavel

Uma cena registrada no início da tarde desta sexta-feira (28) expôs novamente a crescente sensação de insegurança vivida por comerciantes e trabalhadores em Cascavel. Uma internauta, que atua em um coworking localizado na Rua Visconde do Rio Branco, procurou a CGN para relatar o temor gerado pela presença constante de pessoas em situação de rua e indivíduos com tornozeleira eletrônica nas imediações.

Segundo o relato, a mulher se deparou com um homem deitado nas escadas do edifício onde trabalha, dificultando o acesso ao prédio e provocando apreensão entre os ocupantes. O homem em questão, de acordo com a denunciante, fazia uso de tornozeleira eletrônica, o que intensificou ainda mais a preocupação dos presentes.

“Olha que legal, ligaram para a polícia e falaram que estão com muita ocorrência, só daqui a 40 minutos. Aí ninguém entra e ninguém sai, porque o medo toma conta”, desabafou a internauta, frustrada com a demora no atendimento por parte da Polícia Militar. Ela afirmou que a solicitação foi feita às autoridades, mas, por falta de efetivo disponível no momento, não havia previsão imediata de deslocamento de uma viatura.

O episódio, embora pontual, reflete um cenário mais amplo que vem sendo observado por comerciantes e frequentadores da região central de Cascavel. A presença recorrente de moradores de rua, dependentes químicos e transeuntes em situação de vulnerabilidade tem gerado desconforto, insegurança e uma crescente demanda por ações efetivas do poder público.

Diversos relatos semelhantes têm sido registrados ao longo dos últimos meses, envolvendo ocupações de espaços públicos, abordagens agressivas e comportamentos considerados ameaçadores. A falta de respostas rápidas das forças de segurança, aliada à ausência de políticas sociais eficazes para atendimento dessa população, tem acentuado a tensão no comércio local.

Comerciantes e trabalhadores de Cascavel cobram não apenas presença policial mais ativa, mas também políticas públicas que tratem a questão com a complexidade necessária, incluindo ações de acolhimento, tratamento de dependência química e reinserção social.