Para Alckmin, Brasil deveria estar fora de tributação dos EUA devido a dados da balança
“Eu acho que nós deveríamos fazer o inverso e aproveitar novas oportunidades para a complementaridade econômica. O Brasil tem 200 anos de amizade e parceria com...

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Por Agência Estado
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O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira, 28, que o País deve aguardar o anúncio do tarifaço de Donald Trump, prometido para 2 de abril, mas que ele acredita que o Brasil deveria ficar de fora devido ao resultado positivo para os Estados Unidos na balança comercial entre os dois países. As declarações foram feitas durante participação na inauguração da nova fábrica de medicamentos da Fresenius Medical Care, em Jaguariúna (SP).
“Eu acho que nós deveríamos fazer o inverso e aproveitar novas oportunidades para a complementaridade econômica. O Brasil tem 200 anos de amizade e parceria com os Estados Unidos. Nos parece um equívoco o que foi feito. Nós tivemos uma conversa com o Howard Lutnick, que é o segundo responsável pelo Comércio Federal, e o embaixador Grier, e colocamos a nossa posição e pedimos um diálogo. Vamos aguardar o dia 2 de abril. Entendo que o Brasil devia estar fora de qualquer tributação, porque, na realidade, os Estados Unidos têm um grande superávit conosco”, disse Alckmin.
Ele frisou, em sua fala, que a balança comercial dos Estados Unidos com o Brasil é superavitária e que dos dez produtos mais exportados por eles para o País, oito não têm cobrança de qualquer tributação sobre importação.
Em relação ao aço e alumínio, frisou que a sobretaxa de 25% aplicada por Trump não é contra o Brasil, mas valeu para o mundo todo.
Ele seguiu pregando a cooperação entre os dois países e citou como exemplo o aço. “Nós somos o terceiro comprador do carvão siderúrgico americano. O terceiro comprador do carvão siderúrgico. Fazemos o semielaborado e vendemos para eles que fazem o elaborado. É uma cadeia integrada. Isso vai encarecer produtos nos Estados Unidos”, disse Alckmin.
Decisão do STF sobre Bolsonaro
Ele também foi questionado por jornalistas ao final do evento sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete pessoas réus. Eles vão responder por tentativa de golpe de Estado.
Alckmin preferiu destacar a importância da democracia. “Eu entendo que a democracia, ela foi salva, primeiro pela população brasileira, através do voto, a eleição da Constituição Brasileira, e salva também o Judiciário, que é o guardião da Constituição e o guardião da democracia. Democracia é onde o povo se manifesta, o povo é o grande protagonista. As ditaduras suprimem a liberdade em nome do pão, não dão o pão que prometeram e nem devolvem a liberdade que tomaram”, afirmou.
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