Pena máxima: Tribunal do Júri condena neonazistas por assassinato de jovem casal

Após uma longa batalha judicial que durou quase 16 anos, o Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, finalmente emitiu uma sentença para dois dos quatro acusados pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) pelo brutal assassinato de um jovem casal, ocorrido na madrugada de 21 de abril de 2009.

O crime, que chocou a comunidade local, foi o resultado de uma disputa pelo controle de um grupo com motivações neonazistas. O casal de 21 e 24 anos foi emboscado e morto após participar de uma festa temática celebrando os 120 anos do nascimento de Adolf Hitler.

O condenado que recebeu a maior pena, 35 anos, 2 meses e 15 dias de prisão em regime inicial fechado, teve as qualificadoras de motivo torpe e surpresa reconhecidas pelo Conselho de Sentença. O outro acusado foi condenado a 32 anos, 3 meses e 15 dias de prisão, também com o reconhecimento da circunstância qualificadora de surpresa.

O julgamento, que começou em 20 de março, foi encerrado perto da meia-noite de 22 de março. Um dos condenados iniciou o cumprimento da pena imediatamente após o veredito, sem o direito de recorrer em liberdade. O outro, que não compareceu à sessão, teve o mandado de prisão expedido.

Quanto aos dois acusados que não foram condenados, o MPPR está avaliando a possibilidade de interposição de recurso. O homem apontado como mandante dos assassinatos, que tinha 34 anos na época do crime e atualmente reside no estado de São Paulo, terá seu julgamento no Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul em 22 de maio deste ano.

O Promotor de Justiça Danillo Pinho Nogueira, que acompanhou o caso, destacou a importância da decisão para a comunidade e para a luta contra o crime organizado.

Com informações do Ministério Público.