E se seu filho disser que é um Therian?

Em um mundo onde as convenções sociais e a identidade humana são frequentemente questionadas, um grupo crescente de indivíduos tem escolhido viver de maneira não convencional: como animais. Conhecidos como “therians”, essas pessoas acreditam ter uma conexão espiritual ou psicológica profunda com espécies não humanas, como lobos, tigres, ou até aves. Para muitos, o terianismo é uma expressão de identidade, buscando se alinhar com uma “alma animal” ou um estado mental que reflete características e comportamentos desses animais.

A prática do terianismo não é recente. Ela ganhou destaque especialmente nas últimas décadas com a popularização da internet e das comunidades online, onde os “therians” podem se conectar, compartilhar experiências e se apoiar mutuamente. No entanto, os adeptos do estilo de vida terian acreditam que não se trata apenas de uma fantasia ou brincadeira, mas de uma forma legítima de ser.

De acordo com especialistas, o terianismo pode ser uma expressão do desejo de transcendência ou de identificação com a natureza. Para muitos, viver como um animal é uma forma de se libertar de padrões humanos restritivos, buscando um maior equilíbrio com o mundo natural. Além disso, alguns afirmam que essa identidade animal se manifesta de maneira física, com comportamentos como andar de quatro, uivar ou rugir, e até adotar nomes e características dos animais com os quais se identificam.

Embora os “therians” sejam muitas vezes mal compreendidos e até estigmatizados, suas experiências e escolhas vêm sendo estudadas por psicólogos e sociólogos, que buscam entender o impacto da identificação animal no comportamento humano. A prática continua a ser um tema polêmico, mas para os “therians”, viver como um animal é uma expressão genuína de seu ser, em busca de uma conexão mais profunda consigo mesmos e com o mundo ao seu redor.

E se seu filho disser que é um therian? A reação inicial pode ser de surpresa ou até preocupação, principalmente se você nunca ouviu falar sobre isso. No entanto, é importante abordar a situação com empatia e compreensão. O diálogo aberto é fundamental para a conexão entre pais e filhos.