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Córrego sem proteção, jovem morto e anos de dor de uma mãe em Cascavel

Para uma família de Cascavel, o dia 11 de novembro de 2018 se tornou uma data marcada pela dor. Um jovem de 15 anos caiu em um córrego no Bairro Cataratas e, apesar do resgate, não resistiu....

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Por Redação CGN

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Era para ser apenas mais um dia normal. Um domingo tranquilo, daqueles em que a criançada sai de casa para brincar na rua, sem grandes preocupações. Mas para uma família de Cascavel, o dia 11 de novembro de 2018 se tornou uma data marcada pela dor. Um jovem de 15 anos caiu em um córrego no Bairro Cataratas e, apesar do resgate, não resistiu. Agora, depois de anos de batalha, a Justiça reconheceu que a prefeitura falhou em garantir a segurança no local e condenou o município a pagar uma indenização à mãe da vítima.

A história começa com uma mudança de endereço. A família havia acabado de chegar ao bairro, poucos dias antes do acidente. O garoto, curioso para conhecer o novo ambiente, saiu para explorar as redondezas com um primo. Próximo à Rua Medianeira, onde passa o rio Sanga Funda, ele escorregou e caiu na água. Sem saber nadar, ficou submerso até ser resgatado pelo SIATE e levado ao Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Foram 17 dias de luta, mas no dia 28 de novembro, ele não resistiu.

“Tomei conhecimento de que ele saiu da casa para mostrar essa sanga, nem na água ele entrava, não sabia nadar, nunca tinha ido num rio. Acabou escorregando lá e caiu”.

Diz a mãe.

Um perigo ignorado por anos

A dor da perda foi agravada pela revolta. O córrego onde tudo aconteceu não tinha nenhuma sinalização, nenhum aviso de perigo. Nenhuma grade, nenhuma cerca. Nada que impedisse uma tragédia. O cenário era de descaso: uma área frequentada por crianças e adolescentes, mas sem qualquer proteção. E o pior: moradores da região já haviam alertado sobre os riscos.

“Antes do meu filho cair lá, já tinha acontecido outros acidentes. Um carro caiu na mesma sanga. Os vizinhos comentavam, mas ninguém fazia nada”.

Lamentou a mãe.

A revolta se transformou em luta

A família entrou na Justiça contra o município, alegando negligência. A prefeitura, por sua vez, tentou se defender, dizendo que não era responsável pelo acidente. Argumentou que não havia provas de que o córrego fosse profundo, nem que o menino não soubesse nadar. Também tentou jogar a culpa nos pais, dizendo que cabia a eles vigiar o filho.

Justiça reconhece omissão da prefeitura

A decisão da Justiça foi clara: houve falha do município. O córrego estava em uma área pública, frequentada por moradores, e não havia nenhuma proteção para evitar acidentes. A prefeitura deveria ter sinalizado o local e instalado medidas de segurança, mas não fez nada.

Por isso, o município foi condenado a pagar uma indenização por danos morais à mãe da vítima. Além disso, a Justiça determinou o pagamento de uma pensão mensal, levando em conta que, no futuro, o jovem poderia contribuir financeiramente para a família.

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