Conforme laudo, mulher acusada de sequestrar Eloah não teve cabo de vassoura ‘enfiado em orifícios’

A mulher identificada como Leandra Ferreira de Souza, principal suspeita do rapto da menina Eloah Pietra Almeida dos Santos, ocorrido em janeiro deste ano no bairro Parolin, em Curitiba, não foi estuprada nem agredida na prisão, conforme aponta laudo da Polícia Científica. A informação foi obtida com exclusividade pelo jornalista Pedro Neto, do Grupo RIC.

Em uma audiência de custódia realizada no dia 27 de janeiro, Leandra alegou ter sido espancada, abusada e ameaçada de morte na prisão. Entretanto, o exame de corpo de delito contradiz suas alegações, não encontrando evidências de que ela tenha sido violentada com um cabo de vassoura, que tenha tido os bicos dos seios arrancados ou que apresentasse lesões graves. Além disso, o laudo não apontou indícios de espancamento coletivo ou sessão de tortura.

Leandra permanece presa e solicitou transferência do isolamento para uma cela denominada “seguro”, espaço destinado a presos que cometeram crimes hediondos, com o objetivo de oferecer proteção contra possíveis represálias de outros detentos.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou Leandra pelos crimes de subtração de incapaz — com qualificadora de emboscada — e falsidade ideológica. A acusada teria se passado por agente de saúde para raptar Eloah e apresentou à polícia uma carta falsa, na qual afirmava que a mãe da criança estaria entregando a filha de forma espontânea para ser cuidada por ela.

Após ter trocado de advogado cinco vezes e ter três pedidos de liberdade negados pela Justiça, Leandra agora aguarda julgamento.

As informações são do Grupo RIC/BandaB.