
Entrevista: Nelsinho Padovani quer menos impostos e mais benefícios para o povo
O único deputado federal de Cascavel, reforçou que o Brasil precisa avançar e que os políticos não podem ser coniventes com erros administrativos....

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Por Fábio Wronski

O deputado federal Nelsinho Padovani (PL-PR) concedeu uma entrevista exclusiva à CGN neste sábado (1º), abordando temas centrais do cenário político nacional. Entre os principais assuntos, o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por supostas pedaladas fiscais e a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados foram destaques.
O parlamentar explicou que o pedido de impeachment, já conta com a assinatura de 123 deputados federais, mas apenas cinco dos 30 deputados do Paraná aderiram ao movimento. Segundo ele, o embasamento para o pedido vem de uma manobra fiscal detectada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), relacionada ao programa social Pé-de-Meia, que tem como objetivo incentivar a permanência de estudantes de baixa renda no ensino médio.
“O TCU localizou, fiscalizou, e nós, como fiscalizadores da lei, temos que propor esse impeachment, primeiro, para que seja sanado o endividamento do Brasil, que passa de um trilhão de reais, pare, isso é uma dívida que vai ficar para futuras gerações, e que seja melhor utilizado.”
De acordo com Padovani, o governo gastou R$ 6 bilhões sem previsão orçamentária, o que configuraria um crime de responsabilidade semelhante ao que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.
“Foi ele [o TCU] que detectou que esse programa não tinha um orçamento de seis bilhões de reais no orçamento, e o governo gastou, como se o governo tivesse um cheque em branco, e ele pudesse gastar como se não tivesse.”
O deputado reforçou que o Brasil precisa avançar e que os políticos não podem ser coniventes com erros administrativos. Ele criticou o modelo de gestão do atual governo, afirmando que o país está à beira de uma crise econômica grave, mascarada por números manipulados.
“Nós temos que, a cada oportunidade, deixar o Brasil melhor. Eu acredito que hoje, nós estamos vendo o IBGE, fontes dizem que nove vezes mais é o nosso endividamento do que o dado oficial passado pelo IBGE, tanto é que está tendo um grande problema com os funcionários do IBGE, que estão maquiando os resultados financeiros do Brasil.”
Paralelo com o impeachment de Dilma e críticas ao assistencialismo
Padovani explicou que a manobra fiscal do governo Lula repete o modelo das pedaladas fiscais do governo Dilma Rousseff, que levaram ao afastamento da ex-presidente.
“Na época da Dilma, era do Fundo de Amparo do Trabalhador, da mesma forma. Digamos que, no fundo, tivesse, vamos dizer, um bilhão de reais, e o governo estava gastando três. Dessa vez, é a mesma coisa, não há orçamento, e o governo, para comprar jovens, para comprar militância, paga 200 reais para cada um.”
O parlamentar destacou que não é contra programas sociais, mas argumenta que eles devem ser sustentáveis e gerar retorno para a economia. Segundo ele, o governo está apenas distribuindo recursos sem critério, o que não resolve o problema da pobreza e da falta de empregos.
“Nós não somos contra, só que nós entendemos que tem que haver gasto com racionabilidade e com responsabilidade. Para cada um real que você coloca na agricultura, volta cinco reais para a sociedade. Para cada um real que você coloca na indústria, volta três reais para a sociedade. E esses recursos que o governo faz assistencialismo, ele coloca e não há retorno para a sociedade.”
Padovani ainda fez duras críticas ao modelo econômico do governo, alegando que o Brasil está vivendo uma crise disfarçada por políticas populistas.
“Ele [o governo] continua naquela de comprar a consciência das pessoas, de não resolver o problema do emprego, da geração de emprego, da infraestrutura do Brasil, da logística do Brasil. Ele simplesmente faz uma distribuição de recursos pequenininho, comprando a consciência das pessoas, que não resolve nem o problema do cidadão, nem o problema do país.”
Baixa adesão ao impeachment e cenário político na Câmara
Apesar da gravidade da denúncia, Padovani reconhece que o pedido de impeachment enfrenta dificuldades para avançar, pois a aceitação dependerá do novo presidente da Câmara dos Deputados.
“Se o pedido de impeachment vai avançar ou não com o novo presidente da Câmara, isso é uma questão aposta. O protocolo. Nós não somos querendo que o governo caia, bom se nós tivéssemos um parlamentarismo ou um semi-presidencialismo. O que nós queremos é que haja uma boa utilização dos recursos públicos.”
Na eleição para a presidência da Casa, Padovani declarou apoio a Marcelo Van Hattem (Novo-RS), defendendo que ele é um nome que representa a fiscalização rigorosa e a transparência na administração pública.
“O Marcelo representa todos os nossos anseios de uma fiscalização, de levar adiante o que é certo.”
O parlamentar também destacou a importância da alternância de poder no comando do Congresso Nacional e reforçou que, independentemente do resultado da eleição, a Câmara tem o dever de fiscalizar os gastos do governo.
“Acredito que será de forma tranquila a eleição, demonstrando a maturidade da democracia no Brasil, da alternância de poder, do pilar dos três poderes, executivo, legislativo e judiciário.”
Crise econômica e perspectivas para o futuro
Além da questão do impeachment, Padovani fez uma análise preocupante sobre a situação econômica do Brasil, afirmando que os juros altos e a carga tributária elevada estão prejudicando o crescimento do país.
“Estamos ladeira abaixo, os juros estão astronômicos, tivemos agora de novo a taxa do Copom passando a 13%, isso encarece lá na ponta para a pessoa que toma o recurso emprestado para investir no seu comércio, na sua indústria, na agricultura.”
Ele também destacou que o aumento da arrecadação de impostos não está sendo revertido em melhorias para a população.
“Nós temos hoje uma nova questão de impostos no Brasil, que já chegou a 35% do PIB. Tudo que o Brasil produz, mais de um terço é revertido em impostos. Um Brasil que arrecada imposto, cresceu 9,5% a arrecadação em virtude do ano passado.”
Padovani finalizou a entrevista reafirmando seu compromisso com a fiscalização do governo e com a luta por um Brasil economicamente sustentável.
“Tem 40 ministérios, sendo que muito bem administrado poderíamos ter 20 ministérios. Então é uma questão que temos que fiscalizar? Sim. O nosso papel, o meu papel como deputado federal, é apontar os erros, não contra o governo, mas em prol do Brasil.”
Veja quem são os deputados que assinam o pedido:
1. Rodolfo Nogueira (PL-MS)
2. Bibo Nunes (PL-RS)
3. Evair Vieira de Melo (PP-ES)
4. Sanderson (PL-RS)
5. Marcos Pollon (PL-MS)
6. Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
7. Daniela Reinehr (PL-SC)
8. Caroline de Toni (PL-SC)
9. Rodrigo Valadares (UNIÃO-SE)
10. Gustavo Gayer (PL-GO)
11. Mario Frias (PL-SP)
12. Delegado Éder Mauro (PL-PA)
13. Kim Kataguiri (UNIÃO-SP)
14. Sargento Gonçalves (PL-RN)
15. Luciano Zucco (PL-RS)
16. Mauricio Marcon (PODE-RS)
17. Coronel Meira (PL-PE)
18. Delegado Ramagem (PL-RJ)
19. Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
20. Coronel Assis (UNIÃO-MT)
21. Alberto Fraga (PL-DF)
22. Zé Trovão (PL-SC)
23. Rosangela Moro (UNIÃO-SP)
24. Silvia Waiãpi (PL-AP)
25. Júlia Zanatta (PL-SC)
26. Gilvan da Federal (PL-RO)
27. José Medeiros (PL-MT)
28. Bia Kicis (PL-DF)
29. Adilson Barroso (PL-SP)
30. Dra. Mayra Pinheiro (PL-CE)
31. Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
32. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
33. Nicoletti (UNIÃO-RR)
34. Sargento Fahur (PSD-PR)
35. General Girão (PL-RN)
36. Capitão Alden (PL-BA)
37. Nikolas Ferreira (PL-MG)
38. Zé Vitor (PL-MG)
39. Maurício Souza (PL-MG)
40. Coronel Fernanda (PL-MT)
41. Delegado Caveira (PL-PA)
42. Marcelo Moraes (PL-RS)
43. Carlos Jordy (PL-RJ)
44. Nelson Barbudo (PL-MT)
45. Any Ortiz (CIDADANIA-RS)
46. Franciane Bayer (REPUBLICANOS-RS)
47. Eros Biondini (PL-MG)
48. Filipe Martins (PL-TO)
49. Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP)
50. Dayany Bittencourt (UNIÃO-CE)
51. Carla Zambelli (PL-SP)
52. Paulinho Freire (UNIÃO-RN)
53. Marcel van Hattem (NOVO-RS)
54. Capitão Alberto Neto (PL-AM)
55. Messias Donato (REPUBLICANOS-ES)
56. Dr. Luiz Ovando (PP-MS)
57. Rodrigo da Zaeli (PL-MT)
58. Pastor Eurico (PL-PE)
59. Gilberto Silva (PL-PB)
60. Domingos Sávio (PL-MG)
61. Dr. Frederico (PRD-MG)
62. Luiz Lima (PL-RJ)
63. Rosana Valle (PL-SP)
64. Roberto Duarte (REPUBLICANOS-AC)
65. Felipe Francischini (UNIÃO-PR)
66. Hélio Lopes (PL-RJ)
67. Coronel Ulysses (UNIÃO-AC)
68. Nelsinho Padovani (UNIÃO-PR)
69. André Fernandes (PL-CE)
70. Pezenti (MDB-SC)
71. Fernando Rodolfo (PL-PE)
72. Junio Amaral (PL-MG)
73. Passarinho (PL-PA)
74. Delegado Palumbo (MDB-SP)
75. Delegado Fabio Costa (PP-AL)
76. Geovania de Sá (PSDB-SC)
77. Zacharias Kalil (UNIÃO-GO)
78. Dr. Jaziel (PL-CE)
79. Daniel Trzeciak (PSDB-RS)
80. General Pazuello (PL-RJ)
81. Clarissa Tércio (PP-PE)
82. Cristiane Lopes (UNIÃO-RO)
83. Pastor Diniz (UNIÃO-AC)
84. Pedro Westphalen (PP-RS)
85. Pastor Marco Feliciano (PL-SP)
86. Rodrigo Estacho (PSD-PR)
87. Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG)
88. Daniel Agrobom (PL-GO)
89. Magda Mofatto (PRD-GO)
90. Thiago Flores (MDB-RO)
91. Giovani Cherini (PL-RS)
92. Filipe Barros (PL-PR)
93. Silvia Cristina (PP-RO)
94. Gilson Marques (NOVO-SC)
95. Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL)
96. Ismael dos Santos (PSD-SC)
97. Carlos Sampaio (PSDB-SP)
98. Lucas Redecker (PSDB-RS)
99. Dr. Fernando Máximo (UNIÃO-RO)
100. Jefferson Campos (PL-SP)
101. Daniel Freitas (PL-SC)
102. Eduardo Velloso (UNIÃO-AC)
103. Adriana Ventura (NOVO-SP)
104. Simone Marquetto (MDB-SP)
105. Maurício Carvalho (UNIÃO-RO)
106. Carla Dickson (UNIÃO-RN)
107. Emidinho Madeira (PL-MG)
108. Chris Tonietto (PL-RJ)
109. Ricardo Salles (NOVO-SP)
110. Covatti Filho (PP-RS)
111. Marcio Alvino (PL-SP)
112. André Ferreira (PL-PE)
113. Osmar Terra (MDB-RS)
114. Miguel Lombardi (PL-SP)
115. Stefano Aguiar (PSD-MG)
116. Afonso Hamm (PP-RS)
117. Mendonça Filho (UNIÃO-PE)
118. Eli Borges (PL-TO)
119. Capitão Augusto (PL-SP)
120. Thiago de Joaldo (PP-SE)
121. Lucio Mosquini (MDB-RO)
122. Roberta Roma (PL-BA)
123. Lincoln Portela (PL-MG)

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