
Mulher luta contra um câncer inicialmente confundido com intolerância ao glúten
Os protocolos de tratamento para intolerância ao glúten e testes de alergia alimentar, recomendados pelos médicos, não amenizaram os sintomas de Emily. O inchaço e os...

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Por Silmara Santos

A analista de marketing norte-americana Emily Campbell, 33, enfrentou semanas de desconforto digestivo e inchaço abdominal antes de descobrir que os sintomas, inicialmente atribuídos à intolerância ao glúten e estresse, eram na verdade sinais de um raro e agressivo câncer de ovário.
Os protocolos de tratamento para intolerância ao glúten e testes de alergia alimentar, recomendados pelos médicos, não amenizaram os sintomas de Emily. O inchaço e os desconfortos aumentaram, interferindo nas atividades diárias da analista, que chegou a sentir dor até para caminhar.
Incentivada pelo marido, Emily buscou mais opiniões médicas até que, após as dores se tornarem insuportáveis, decidiu ir ao pronto-socorro. Finalmente, exames de imagem no abdômen revelaram uma grande massa crescendo na região pélvica.
O câncer de ovário, terceiro tipo de tumor ginecológico mais comum, é considerado um tumor silencioso, pois não apresenta sintomas específicos e carece de métodos eficazes de rastreamento. Segundo o oncologista Glauco Baiocchi Neto, presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), menos de uma a cada cinco mulheres consegue ser diagnosticada quando os tumores estão em fase inicial.
Emily foi internada no hospital e passou por uma cirurgia para retirar o câncer. Foi necessário remover os ovários e útero. A biópsia confirmou um câncer de ovário de estágio 3B, o segundo mais alto da doença, que se desenvolveu localmente, provavelmente ao longo de anos.
Diagnósticada com câncer de ovário borderline, uma forma rara da doença que representa apenas 10% dos tumores de ovário, Emily não precisou passar por quimioterapia. Ela adotou um protocolo de monitoramento regular e com inibidores de estrogênio.
Motivada pela escassez de informações e de opções de tratamento adequadas, Emily e o marido fundaram a organização Not These Ovaries e já arrecadaram mais de US$ 1,5 milhão em doações para centros de pesquisa de câncer.
Fonte: Metrópoles

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