CGN
Acesse aqui o Discover e busque as mais lidas por mês!

Trump e Musk oferecem plano de demissão voluntária a 2,3 milhões de servidores federais

A oferta contempla a maioria dos 2,3 milhões de servidores do governo federal. De acordo com o memorando da Casa Branca, os trabalhadores que aceitarem a...

Publicado em

Por Agência Estado

Publicidade

O governo Donald Trump ofereceu um plano de demissão voluntária para mais de 2 milhões de funcionários da administração federal. Aqueles que aceitarem a proposta terão pagamento garantido por oito meses, segundo um e-mail enviado pelo Escritório de Gestão de Pessoal da Casa Branca nesta quarta-feira, 29.

A oferta contempla a maioria dos 2,3 milhões de servidores do governo federal. De acordo com o memorando da Casa Branca, os trabalhadores que aceitarem a demissão terão suas funções eliminadas ou realocadas imediatamente e ficarão em licença administrativa remunerada até o final de setembro, o último mês do ano fiscal americano.

Os servidores têm até a próxima quinta-feira, 6 de fevereiro, para aderir à demissão voluntária, a medida mais radical da nova administração para reduzir os gastos com pessoal. A oferta vem no momento em que os funcionários do governo receberam ordens para retomar o trabalho presencial e enfrentam ameaças de demissão.

“No momento, não podemos garantir com total certeza a segurança do seu cargo ou do seu órgão, mas, caso seu cargo seja eliminado, você será tratado com dignidade e terá direito às proteções existentes para essas situações”, dizia o e-mail, intitulado “Encruzilhada”.

Elon Musk, responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge da sigla em inglês), descreveu a oferta de indenização como “muito generosa” em publicação no X, a sua rede social. Em outro post, compartilhou que entre 5 e 10% dos funcionários elegíveis devem aceitar a proposta.

Anteriormente, Musk defendeu “reduções massivas” no quadro de servidores federais, prometendo que o departamento trabalharia com agências dos EUA para “identificar o número mínimo de funcionários” necessários para executar funções essenciais.

Um porta-voz do Escritório de Gestão de Pessoal disse que a Casa Branca não estabeleceu uma meta para o número de funcionários que esperava que saíssem.

“Se, ao final desse processo, conseguirmos converter funcionários públicos em trabalhadores do setor privado, ajudando a aumentar nosso PIB e a fortalecer a produção nacional… isso provavelmente será uma coisa boa”, disse o deputado Andy Harris (Republicano de Maryland). “No curto prazo, haverá pessoas no meu distrito que podem perder seus empregos federais? Sim. Mas estamos em uma região economicamente vibrante, e essas pessoas devem encontrar outras oportunidades.”

Republicanos defendem os cortes como necessários, enquanto democratas os criticam como uma ameaça à democracia. Legisladores do Partido Democrata e sindicatos aconselharam os funcionários do governo a não aderir à demissão voluntária.

“Expurgar o governo federal de funcionários dedicados terá consequências imensas e não intencionais, causando caos para os americanos que dependem de um governo funcionando”, disse Everett Kelley, presidente da Federação Americana de Funcionários do Governo, o maior sindicato de servidores federais.

“Entre a enxurrada de ordens executivas e políticas contra os trabalhadores, está claro que o objetivo da administração Trump é transformar o governo federal em um ambiente tóxico, onde os trabalhadores não consigam permanecer, mesmo que queiram.”

Especialistas alertam que a oferta de demissão pode levar a uma onda de aposentadorias, desencorajar recém-formados a ingressarem no governo e inundar os setores privado e sem fins lucrativos com candidatos a emprego.

A redução da máquina pública central na campanha de Trump, crítico da burocracia que chamou com frequência de corrupta e acusou de perseguir republicanos. “A maioria desses burocratas está sendo demitida. Eles vão embora”, declarou em discurso para apoiadores no dia da posse.

Nos primeiros dias de governo, ele congelou contratações, com exceção para militares e áreas essenciais do governo, ordenou o retorno ao trabalho presencial e eliminou os programas de promoção da diversidade nos cargos públicos.

Os esforços para cortar gastos mergulharam programas que financiam escolas, fornecem moradia e garantem o acesso de pessoas de baixa renda à assistência médica no caos, nesta terça-feira enquanto agências tentavam entender a ordem de Trump que congelava todos os subsídios, empréstimos e assistências do governo.

A medida, segundo documento da Casa Branca, visava garantir que os recursos estivessem em conformidade com as “prioridades do presidente”. Minutos antes de entrar em vigor, a Justiça bloqueou temporariamente a ordem do governo. (COM AGÊNCIAS INERNACIONAIS)

Google News CGN Newsletter

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
AVISO
agora
Plantão CGN