CGN
Acesse aqui o Discover e busque as mais lidas por mês!

Dólar sobe por aversão externa, incômodo com inflação e ausência de medidas fiscais

O mercado precifica ainda o boletim Focus, que mostra aumento nas projeções de inflação, com o IPCA para 12 meses à frente subindo de 5,13% para...

Publicado em

Por Agência Estado

Publicidade

O dólar avança no mercado à vista na manhã desta segunda-feira, 27, impulsionado pela aversão ao risco no exterior e o fortalecimento da moeda americana frente a moedas emergentes. A reação dos investidores vem após o anúncio de um modelo de inteligência artificial mais barato pela startup chinesa DeepSeek. Dados fracos de atividade da China indicam desaceleração econômica e pesam também. Euro, libra e iene sobem frente ao dólar, enquanto os índices futuros das bolsas de Nova York, os mercados de ações europeus e os juros dos Treasuries caem.

O mercado precifica ainda o boletim Focus, que mostra aumento nas projeções de inflação, com o IPCA para 12 meses à frente subindo de 5,13% para 5,64%. A mediana de IPCA de 2025 passou de 5,08% para 5,50%, acima do teto da meta, e para 2026, subiu de 4,10% para 4,22%. A Selic para 2025 foi mantida em 15%, e o dólar projetado para o fim de 2025 e 2026 segue em R$ 6,00. A projeção do PIB para 2025 subiu ligeiramente para 2,06%, enquanto para 2026 caiu para 1,72%.

A confiança do consumidor caiu 5,1 pontos em janeiro, alcançando 86,2 pontos, o menor nível desde fevereiro de 2023, quando estava em 85,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 2,2 ponto. A FGV apontou que a queda foi impulsionada pela deterioração das perspectivas futuras e das condições atuais, o que trouxe o indicador para a faixa dos 80 pontos, refletindo maior pessimismo entre os consumidores no início do ano.

Na sexta-feira, 24, o dólar chegou a cair a R$ 5,88 com sinais brandos de tarifas dos EUA à China, mas acabou fechando mais perto da estabilidade, cotado a R$ 5,9186 (-0,12%). O mercado local reagiu mal, após o ministro da Casa Civil, Rui Costa, mencionar que uma das medidas aventadas pelo governo para baratear os alimentos é a redução de tarifas de importação.

Ainda que o impacto fiscal seja pequeno, economistas e o mercado veem a ideia de forma negativa, pois sinalizaria uma tendência a intervenções maiores à frente caso a comida não fique mais barata – prioridade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda que Costa tenha afastado ações mais heterodoxas, a credibilidade do governo está arranhada, segundo os agentes. Ainda assim, a moeda americana emendou na sexta o quinto pregão consecutivo de baixa no mercado local e terminou a semana com desvalorização de 2,42% – a maior queda semanal desde o início de agosto do ano passado.

O mercado segue focado nas discussões do governo visando soluções para reduzir os preços dos alimentos em meio à falta de novas medidas fiscais do governo. O Ministério da Fazenda negou ontem que propostas fiscais seriam anunciadas nesta semana.

No câmbio, a formação da taxa Ptax do fim de janeiro nesta semana pode aumentar a volatilidade nos negócios.

Às 9h42, o dólar à vista subia 0,30%, a R$ 5,9364. O dólar futuro para fevereiro ganhava 0,40%, a R$ 5,9410.

Google News CGN Newsletter

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
AVISO
agora
Plantão CGN