Após estudo, famílias pedem novo protocolo da saúde em Brumadinho
"A contaminação das pessoas é um tema que nos preocupa muito. Essa lama tóxica tem se espalhado, criado consequências. A gente vê pessoas doentes em toda......
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Por CGN
Neste sábado (25), o rompimento da barragem completou exatos 6 anos. Para marcar a data, a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum) organizou um ato no centro da cidade, fechando uma semana de atividades em que cobraram por justiça. A manifestação contou com a presença do MAB.
“A contaminação das pessoas é um tema que nos preocupa muito. Essa lama tóxica tem se espalhado, criado consequências. A gente vê pessoas doentes em toda a bacia do Rio Paraopeba. O mesmo acontece na Bacia do Rio Doce, atingida em 2015 pelo rompimento da barragem do complexo da mineradora Samarco em Mariana. É urgente uma política específica de saúde aos atingidos por barragens”, acrescentou Joceli.
Em Brumadinho, o colapso da estrutura liberou uma avalanche de rejeitos que gerou grandes impactos ambientais e socioeconômicos, afetando milhares de pessoas em diferentes municípios mineiros da bacia do Rio Paraopeba. Ao todo, foram perdidas 272 vidas, incluindo nessa conta dois bebês de mulheres que estavam grávidas.
Contaminação
O estudo divulgado pela Fiocruz na sexta-feira (24) traz os resultados de análises de amostras de sangue e urina coletadas em 2023, quatro anos após a tragédia. Foi encontrado pelo menos um de cinco metais – cádmio, arsênio, mercúrio, chumbo e manganês – na urina de todas as crianças de 0 a 6 anos que foram avaliadas.
Em comparação com análises realizadas em 2021, notou-se uma piora do cenário. No caso do arsênio, por exemplo, o percentual total de crianças com níveis acima do valor de referência passou de 42% para 57%.
Em adultos, a situação também chama a atenção: o arsênio foi detectado em níveis elevados em cerca de 20% das amostras de urina. É metal que mais frequentemente aparece acima dos limites de referência. De outro lado, na população adolescente, o percentual de amostras detectadas com metais acima dos valores de referência diminuiu de 2021 para 2023.
Fonte: Agência Brasil
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