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Clássico entre Coritiba e Athletico-PR tem caso de racismo e pancadaria dentro e fora de campo

O clima pesado começou quando o zagueiro Léo Pelé, do time rubro-negro, foi expulso logo aos 27 minutos do primeiro tempo ao receber o segundo cartão...

Publicado em

Por Agência Estado

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Coritiba e Athletico Paranaense fizeram neste sábado um clássico tenso e marcado por agressões físicas, um caso de racismo, uma expulsão para cada equipe e diversos cartões amarelos. O ápice da violência no estádio Couto Pereira, em jogo do Campeonato Paranaense, aconteceu ao final da partida, quando os jogadores de ambos os times trocaram socos no gramado e o transformaram em um campo de guerra. A polícia teve que entrar para intervir e dispersar a briga.

O clima pesado começou quando o zagueiro Léo Pelé, do time rubro-negro, foi expulso logo aos 27 minutos do primeiro tempo ao receber o segundo cartão amarelo por um contato com Lucas Ronier. Quando estava saindo de campo, foi hostilizado por um torcedor com insultos racistas. O vídeo captou as declarações discriminatórias e foi parar nas redes sociais, revoltando a internet. No fim do jogo, pouco após a expulsão de Felipe Guimarães, do Coritiba, a confusão se instaurou.

A briga em si não parece ter tido relação com o caso de racismo, já que partiu de uma pessoa da arquibancada, e não dos jogadores no campo. O tumulto se alastrou quando Mycael, goleiro do Athletico, e Filipe Machado, volante do Coritiba, trocaram agressões em uma das grande áreas. Enquanto alguns atletas tentavam apartar, outros, mais enfurecidos, continuaram a partir para cima uns dos outros.

A polícia conseguiu separar os jogadores em um primeiro momento, mas o clima voltou a esquentar quando o Athletico desceu aos vestiários, com novas trocas de socos. Alguns jogadores rubro-negros tiveram que se refugiar na sala de imprensa do Coritiba por conta do gás de pimenta utilizado pelos policiais para intervir na confusão. O jogo terminou em empate de 0 a 0.

CLUBES PROMETEM IDENTIFICAR RESPONSÁVEL POR RACISMO E TOMAR PROVIDÊNCIAS
Até o momento, os clubes ainda não se manifestaram a respeito da briga generalizada. O Coritiba, no entanto, já se pronunciou a respeito do caso de racismo contra Léo Pelé em postagem na rede social X (antigo Twitter). “O que aconteceu com o atleta Léo é e sempre será inaceitável. Lamentável que tenha ocorrido em nosso estádio”, disse o clube na postagem, prometendo tomar as medidas cabíveis para identificar o responsável.

No vídeo, supostamente gravado pelo próprio agressor, é possível ouvir claramente a frase: “‘Macaco’ não se cria no Couto Pereira. Vai embora, Léo Pelé, seu ‘macaco’, seu preto, macaco do c******”. Após isso, o torcedor faz um gesto obsceno para a parte da arquibancada destinada aos athleticanos. O zagueiro parece não ter escutado os xingamentos, já que ainda conversava com a arbitragem, em campo, sobre sua expulsão.

Assim como seu rival, o Athletico também repudiou o ato nas redes sociais e confirmou que irá tomar as providências necessárias. “Condutas dessa natureza são inaceitáveis e jamais serão toleradas”, ressaltou o clube, citando possíveis ações jurídicas. “A prática de injúria racial é crime, equiparada ao racismo. A Lei Geral do Esporte também prevê punições severas para atos discriminatórios no ambiente esportivo, podendo resultar em sanções administrativas e banimento dos envolvidos.”

Por fim, a instituição ressaltou o apoio a Léo Pelé, reforçando que a luta contra o racismo é “inegociável” e que o futebol deve ser um espaço “de respeito, diversidade e inclusão”. O torcedor ainda não foi identificado.

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