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Dólar poderia estar em até R$ 5,50 e está perto de R$ 6 por barulho interno, diz Mansueto

Em palestra a empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Mansueto frisou que a perda de 30% no valor da moeda brasileira ao longo...

Publicado em

Por Agência Estado

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O economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida, disse nesta sexta-feira, 24, que a cotação do dólar está ao redor dos R$ 6 devido ao “barulho interno”. Na avaliação dele, ela poderia estar entre R$ 5,40 e R$ 5,50.

Em palestra a empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Mansueto frisou que a perda de 30% no valor da moeda brasileira ao longo do ano passado a fez ter um dos piores desempenhos do mundo, à frente de países como Venezuela e Líbano.

Um dos fatores que contribuíram para este movimento, argumentou, foi a fuga de capitais do Brasil ante as incertezas fiscais. Mas, para o economista-chefe do BTG, a saída de US$ 50 bilhões da B3 não vai se repetir em 2025. “Quem tinha de sair, já saiu”, afirmou.

Cenário de Brasil não é ruim

O economista-chefe do BTG Pactual disse ainda que o Brasil terá de lidar com a urgência do ajuste fiscal para controlar as contas e restabelecer a confiança na política econômica. Mas rechaçou a tese de que o cenário econômico é ruim, mesmo com a desaceleração do crescimento. “Nos últimos dois anos, o Brasil cresceu 3,2% e 3,5%. Esse ano e no próximo, o crescimento deve ficar entre 1,5% e 2%. É um crescimento menor? Sim. É recessão? Não é recessão”, afirmou.

E resumiu: “Não estamos naquele cenário de 2015, 2016. A Petrobras está funcionando. Não teve represamento de preço dos combustíveis. O setor de energia segue fazendo investimentos. O desemprego está baixo. O trabalhador teve aumento da renda real. Então o consumo vai crescer, só que crescerá a metade do que foi visto nos últimos dois anos.”

Segundo Mansueto, esse crescimento abaixo do real potencial da economia, que se mostra “resiliente”, está diretamente associado aos juros altos. Há um ano, lembrou, analistas esperavam que a Selic pudesse encerrar o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 8%, previsão agora ajustada para a casa dos 12%.

Para o economista, embora o consumo vá seguir numa crescente, alguns setores, que dependem mais de financiamento, como o de bens duráveis e imóveis, vão “sofrer mais”.

Da mesma forma, empresas muito alavancadas terão de reduzir endividamento, para conter despesas financeiras, o que deve levar a um ajuste natural do crescimento econômico a taxas menores. Isso, repetiu algumas vezes, seria resolvido por sinais mais claros sobre a redução das despesas públicas.

Nesse contexto, Mansueto prevê uma redução da taxa de investimento da economia, hoje em 17% e já considerada baixa.

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