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Imagem referente a Empresa vende carne submersa em enchentes do RS como produto de alta qualidade do Uruguai
Foto: reprodução Globo

Empresa vende carne submersa em enchentes do RS como produto de alta qualidade do Uruguai

A investigação revelou que as carnes, impróprias para o consumo humano, foram lavadas, maquiadas e vendidas como de boa qualidade. O rastreamento dos produtos está sendo...

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Por Silmara Santos

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Imagem referente a Empresa vende carne submersa em enchentes do RS como produto de alta qualidade do Uruguai
Foto: reprodução Globo

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) está investigando um caso de fraude alimentar envolvendo a venda de 800 toneladas de carne estragada. A empresa Tem Di Tudo Salvados, localizada em Três Rios (RJ), é acusada de vender as carnes, que ficaram submersas durante as enchentes no Rio Grande do Sul, como se fossem produtos nobres do Uruguai.

A investigação revelou que as carnes, impróprias para o consumo humano, foram lavadas, maquiadas e vendidas como de boa qualidade. O rastreamento dos produtos está sendo feito por meio de notas fiscais apreendidas no frigorífico, com o objetivo de encontrar os possíveis compradores.

De acordo com o delegado Wellington Vieira, responsável pela investigação, Decons (Delegacias do Consumidor) de todo o país foram contactadas para monitorar a situação, já que as carnes foram vendidas para açougues e mercados espalhados pelo Brasil, representando um risco à saúde pública.

As investigações começaram depois que a empresa que comprou a carne denunciou à polícia que havia recebido o produto estragado de volta, como se estivesse em bom estado e próprio para o consumo humano. A peça em questão foi vendida para um frigorífico de Nova Iguaçu, que revendeu para empresas de Minas Gerais, e de lá, retornou para o produtor original em Canoas (RS), onde tinha ficado submersa durante as enchentes.

A investigação ainda revelou que a Tem Di Tudo Salvados, que é autorizada a reaproveitar produtos vencidos para a fabricação de ração animal, teria lucrado mais de 1.000% com a venda das carnes estragadas. Os sócios da empresa podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país.

A PCERJ ainda não divulgou o nome da empresa envolvida no caso.

Com informações de Metrópoles.

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