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Edifício Martinelli é interditado após vazamento de esgoto; funcionários relatam mal-estar

A Prefeitura, por meio da administração do Martinelli, disse ter acionado a Sabesp após a suspeita de problema, com a constatação posterior de entupimento da rede...

Publicado em

Por Agência Estado

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Sede de seis órgãos da Prefeitura de São Paulo e ponto turístico da cidade, o Edifício Martinelli está com as atividades presenciais suspensas desde a terça-feira, 21, após a identificação de um vazamento de esgoto que teria afetado um dos reservatórios de água. Parte dos trabalhadores do local tem apontado mal-estar, com sintomas como vômito, dores abdominais e de cabeça e diarreia.

A Prefeitura, por meio da administração do Martinelli, disse ter acionado a Sabesp após a suspeita de problema, com a constatação posterior de entupimento da rede de esgoto. “Foi identificada infiltração na parede lateral do prédio. Novos testes estão em andamento para reafirmar e garantir as condições adequadas de uso”, acrescentou.

Em nota, a Sabesp respondeu ter detectado obstrução nas tubulações e que, imediatamente, fez o conserto. A companhia também afirmou ter solicitado o isolamento do reservatório de água e que prestará toda a assistência necessária.

O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep) diz ter recebido mais de 50 relatos. O número inclui funcionários que precisaram buscar atendimento em pronto-socorro durante a madrugada.

No edifício, funcionam as secretarias municipais de Urbanismo e Licenciamento e de Habitação, além da Cohab, da São Paulo Urbanismo, da Coordenação das Subprefeituras e da Secretaria Executiva do Programa Mananciais.

O icônico espaço da cidade também está em concessão para a iniciativa privada, em processo de restauro e remodelação de instalações do terraço e últimos andares. Todos os órgãos municipais adotaram o regime de home office desde a terça.

Segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), o prédio tem mais um reservatório secundário e cinco caixas d’águas independentes, os quais também foram submetidos para análise da qualidade da água. Caso seja identificada a salubridade dos demais, as atividades presenciais serão retomadas.

“Todas as pastas adotaram medidas emergenciais como a suspensão das atividades presenciais e trabalho remoto até que a situação seja normalizada, com atenção especial aos funcionários que relataram eventuais impactos decorrentes da situação”, completou. “A administração do Martinelli está em tratativas com a Sabesp para corrigir a infiltração e evitar novos incidentes.”

Um comunicado interno foi encaminhado na terça para a interrupção do uso da água para consumo até “segunda ordem”. Funcionários reclamam, porém, que o aviso não teria sido repassado imediatamente, de modo que mais servidores e cidadãos podem ter sido expostos à contaminação. “A demora na tomada de ação foi crucial para aumentar os casos de contaminação”, diz o sindicato, em nota.

Outro problema na rede de esgoto já havia sido registrado no local, em julho. À época, ocorreu a interdição temporária do prédio após um vazamento de esgoto no subsolo, de acordo com o Sindsep.

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