Confrontos com forças de segurança no PR em 2024 deixam 413 mortos, aponta Ministério Público
Conforme o Ministério Público do Paraná foram registrados 433 confrontos, os quais resultaram em 413 vítimas fatais e 109 feridos...
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Por Fábio Wronski
O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou nesta quarta-feira (22), um balanço dos dados de civis mortos e feridos em confrontos com forças estatais de segurança no estado em 2024. Os números são alarmantes: foram registrados 433 confrontos, que resultaram em 413 vítimas fatais e 109 feridos. Em comparação com o ano anterior, houve um aumento significativo, já que em 2023 foram registradas 348 mortes.
O levantamento foi elaborado pelo Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ambos do MPPR. O estudo segue a nova política institucional de tratamento de dados nesta área, firmada em 2024, e está em conformidade com os preceitos estabelecidos pelo Conselho Nacional do Ministério Público e pela Resolução nº 7552/2024 da Procuradoria-Geral de Justiça.
O balanço apresenta informações detalhadas sobre cada confronto, incluindo a instituição e a unidade envolvidas, o horário do registro, o tipo de ocorrência, se o servidor estava em serviço ou não, e um perfil básico das vítimas, incluindo informações sobre se estavam armadas ou não.
O MPPR está adotando uma nova abordagem para o tratamento da letalidade em confrontos policiais, que enfatiza os aspectos preventivo e repressivo. O Gaesp é responsável pela análise, compilação, tratamento e qualificação das informações, enquanto as Promotorias de Justiça e o Gaeco se encarregam da apuração e denúncia de casos concretos.
A nova política está sendo implementada em cooperação com várias instituições ligadas à segurança pública no estado, incluindo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), as Polícias Civil e Militar e as Guardas Municipais. O objetivo é desenvolver uma política interinstitucional ampla que permita compreender os fenômenos relacionados aos confrontos e definir novos protocolos de atuação, visando a redução da letalidade.
Nesse sentido, o estado já está implementando algumas ações, como a aquisição de armamento não letal, como tasers, para complementar as armas de fogo existentes. O objetivo é permitir um uso mais efetivo e gradual da força. Além disso, estão sendo desenvolvidas ações de planejamento baseadas nos diagnósticos realizados pelo MPPR e pelas demais instituições ligadas à segurança pública.
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