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Imagem referente a Vitória de paciente com Câncer em Cascavel expõe falhas no SUS
Imagem Ilustrativa / Pexels

Vitória de paciente com Câncer em Cascavel expõe falhas no SUS

Decisão judicial obriga o Estado do Paraná a fornecer medicamento de R$ 26 mil para tratamento de câncer avançado, destacando os desafios do SUS em atender demandas por terapias de alto custo e casos graves....

Publicado em

Por Redação CGN

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Um aposentado de Cascavel/PR, de 68 anos, venceu uma batalha judicial e conseguiu garantir o direito a um medicamento essencial para o tratamento de um câncer avançado. Diagnosticado com adenocarcinoma de cólon, o idoso precisava do Cetuximabe, remédio que custa cerca de R$ 26 mil por mês e que não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sem condições de pagar, ele buscou ajuda na Justiça – e conseguiu.

Uma luta por esperança

Desde 2022, o aposentado enfrentava sessões de quimioterapia e medicamentos oferecidos pelo SUS, mas os tratamentos não deram resultado. Quando sua médica indicou o Cetuximabe como última alternativa, veio a notícia desanimadora: o remédio, além de ser extremamente caro, não fazia parte da lista fornecida pelo sistema público de saúde.

Com uma aposentadoria de R$ 1.846, ele não tinha outra opção a não ser recorrer ao Judiciário.

A decisão que salvou o tratamento

O juiz da Vara da Fazenda Pública de Cascavel determinou que o Estado forneça o remédio em até 20 dias. Na decisão, ficou claro que a saúde é um direito de todos e que o tratamento não poderia ser negado ao paciente, especialmente considerando sua situação financeira e o estágio avançado da doença.

O magistrado também destacou que, embora o medicamento não seja incorporado ao SUS, ele tem eficácia comprovada e é essencial para pacientes em condições como a do idoso. A urgência da situação e o risco de vida fizeram com que a decisão fosse tomada de forma célere.

O desafio do SUS e a judicialização

Casos como este expõem um problema maior: as limitações do SUS. Embora seja um sistema público, o SUS nem sempre consegue acompanhar os avanços da medicina, especialmente quando se trata de medicamentos de alto custo. Para incorporar um remédio, são necessários estudos extensos, avaliação de custos e aprovação por comissões técnicas, o que pode levar anos.

Enquanto isso, pacientes que não têm tempo a perder recorrem à Justiça para buscar tratamentos que podem salvar suas vidas. A judicialização da saúde, que já é uma realidade crescente no Brasil, evidencia tanto a força do Judiciário em garantir direitos quanto as lacunas do sistema de saúde pública.

No caso deste paciente, o remédio é a última linha de defesa contra o avanço da doença, e seu alto custo – mais de R$ 300 mil por ano – é inacessível para a maior parte da população. Mesmo assim, a luta pelo medicamento é uma esperança renovada.

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