Travesti amada pela comunidade é incendiada após discussão com colegas de trabalho em boate

Amigos e vizinhos estão consternados com a situação envolvendo a travesti Pamela Mirella, que foi incendiada e teve 90% do corpo queimado após uma discussão com duas outras travestis, presas em flagrante em Campo Grande (MS). A vítima é tida como benquista e um amor de pessoa.

O locatário, de 70 anos, que cedeu o espaço para a travesti morar, explicou que nada justifica cometer um crime como esse, principalmente da forma como foi e deixando sequelas gravíssimas na vítima.

“Ela era muito benquista aqui, um amor de pessoa, nunca deu trabalho. Faz muito tempo que ela estava morando aqui e ela era sempre sozinha, mas nada justifica o que fizeram com a moça, não merecia. A gente não pode virar as costas né”, disse o idoso.

Outro comentário do idoso foi em relação ao fato dela ser bastante discreta no assunto relacionamento.

“Ela ajudava todo mundo, era prestativa, sempre foi uma boa pessoa”.

Ele ainda relatou que tudo que aconteceu foi de extrema crueldade com a moça.

O crime

Segundo consta no boletim de ocorrência, todas trabalham realizando programas e, nesta boate, tiveram uma discussão na madrugada por causa dos programas realizados. A briga levou a expulsão das três do local devido à confusão criada.

Irritada com a discussão, A.D.S.S, em prévio ajuste de vontade com H.R.G.S, durante a manhã, foi até um posto, adquiriu um galão de gasolina e se dirigiu até a casa da vítima.

Lá chegando, chamou por ela e, quando a vítima chegou no portão, despejou toda a gasolina próximo a seu corpo, ateando fogo em seguida. A travesti foi socorrida pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e segue internada na Santa Casa, em estado gravíssimo, com 90% do corpo queimado. Ela sofreu queimaduras no rosto, pescoço e peito.

Duas transexuais, identificadas como A.D.S.S. e H.R.G.S., foram presas em flagrante, na madrugada desta segunda-feira (20), suspeitas de tentar matar Pamela Mirella. As autoras foram presas em uma pensão no bairro Amambaí.

Elas foram encontradas por uma equipe composta pela delegada e investigador, com o auxílio de investigadores da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), que efetuaram as prisões em uma pensão para transexuais.

As conduzidas foram autuadas pelo crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e com emprego de fogo e estão na Unidade Policial aguardando a audiência de custódia.

Fonte: Top Mídia News