Jovem que sangrou até a morte: Delegacia de Homicídios investiga possível descaso

A cidade de Cascavel tem vivido dias de tensão com o aumento de casos de morte. Na última coletiva de imprensa, o delegado Fabiano Moza, chefe da Delegacia de Homicídios, trouxe à tona o caso de João Pedro Pedrozo de Oliveira, de 21 anos, que gerou grande revolta na comunidade local.

O jovem foi encontrado morto em sua residência no bairro Brasmadeira, após um sangramento intenso no antebraço esquerdo. A situação agravou-se pela demora no atendimento do SAMU, que, segundo familiares da vítima, foi acionado diversas vezes, mas não compareceu ao local.

O delegado Moza esclareceu que, apesar da presença dos investigadores no local do óbito, o caso não está sendo tratado como homicídio. “Ele teria, se eu não me engano, um corte no braço e teria bastante sangramento. E a família ou a esposa ligou várias vezes para o SAMU e o SAMU não foi no local atender”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, a investigação vai apurar a conduta do SAMU, que não compareceu ao local, apesar dos chamados feitos pela família. “Vamos verificar o que ocorreu. Mas, em tese, não foi registrado como homicídio. Foi atendimento local de morte, sem vício de crime”, disse Moza.

A casa onde o jovem foi encontrado estava repleta de sangue. O médico do Siate, acionado para o local, apenas pôde constatar a morte. Os familiares relataram que João Pedro havia se ferido no braço há cerca de 20 dias, mas a causa da hemorragia ocorrida no mesmo local ainda é desconhecida.