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Exportações da indústria de transformação alcançam recorde de US$ 181,9 bi em 2024, diz CNI

Foi o caso dos bens de consumo não duráveis e semiduráveis, cujas vendas cresceram 11% em relação a 2023, com destaque para alimentos e bebidas elaborados...

Publicado em

Por Agência Estado

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O resultado da balança comercial em 2024, além do expressivo aumento de importações, também teve como um dos destaques o valor recorde de exportações da Indústria da Transformação. Com um avanço de 2,7% no ano, as vendas para fora nesse setor alcançaram US$ 181,9 bilhões, aponta nota técnica da Confederação Nacional da Indústria (CNI) antecipada ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O balanço comercial da Indústria da Transformação ainda foi deficitário, em US$ 56,9 bilhões, mas avanços mais fortes em alguns produtos ajudaram no maior valor dessas exportações na série histórica.

Foi o caso dos bens de consumo não duráveis e semiduráveis, cujas vendas cresceram 11% em relação a 2023, com destaque para alimentos e bebidas elaborados para uso doméstico. O setor de Alimentos foi o principal exportador no ano, seguindo a tendência registrada na última década, com uma fatia de 36,6% das exportações industriais. Nesse caso, as vendas chegaram a US$ 66,5 bilhões, valor 6,5% maior que o ano anterior.

De acordo com a CNI, a alta no volume exportado se deu, sobretudo, pela expansão da vendida exportada de açúcares e melaços para a Indonésia e os Emirados Árabes Unidos, e de carne bovina para a China. Bens como celulose, aeronaves e veículos também registraram desempenho positivo em 2024.

Para a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri, o desempenho da indústria de transformação no ano passado reforçou a importância das exportações industriais para impulsionar o crescimento econômico e fortalecer a competitividade do Brasil.

“Diante do contexto atual, em que diversos desafios se intensificam, será ainda mais crucial fortalecer a agenda de inserção internacional estratégica, com impacto direto no desenvolvimento da economia brasileira”, disse. Segundo a CNI, os setores de Alimentos, Metalurgia e Veículos foram responsáveis por 56,7% das exportações do segmento no ano passado.

Embora as vendas da indústria da Transformação tenham atingido recorde no ano passado, o avanço das importações foi mais expressivo, com expansão de 9,3% em relação a 2023. Isso ocorreu mesmo com a desvalorização cambial.

As compras externas foram influenciadas pela aquisição de bens intermediários (US$ 151,1 bilhões) e bens de capital (US$ 35,7 bilhões), como resultado do desempenho positivo da atividade produtiva brasileira, apontou a entidade.

Nas importações, 43,6% foram dos setores de Químicos, Equipamentos eletrônicos e Máquinas e equipamentos em 2024. Em termos de produtos, bens como veículos, aeronaves e suas partes, equipamentos elétricos e medicamentos se destacaram no ano passado, disse a CNI.

A balança comercial brasileira total registrou superávit de US$ 74,6 bilhões, 24,6% menor que o acumulado em 2023, quando o resultado havia sido recorde. Ainda assim, foi o segundo maior saldo da série histórica. O valor do ano passado foi alcançado com exportações de US$ 337 bilhões – baixa de 0,8% ante 2023 – e importações de US$ 262,5 bilhões – avanço de 9% ante o ano anterior.

Destino

No ano passado, os cinco principais parceiros da Indústria de Transformação continuaram os mesmos, segundo a CNI. Nas exportações, os Estados Unidos lideram, seguidos pela União Europeia, Mercosul, China e México. Já nas importações, a China mantém a liderança, seguida pela União Europeia, Estados Unidos, Mercosul e Rússia.

No caso das vendas, os Estados Unidos foram os únicos a registrar aumento em 2024. “O país continua a se consolidar como o principal parceiro da indústria de transformação brasileira, representando 17,4% dessas exportações no último ano”, afirmou a entidade. Já a União Europeia e Mercosul seguem como segundo e terceiro principais destinos das exportações brasileiras de bens industriais em 2024, respectivamente. Os blocos representaram 22,6% das vendas externas do país no último ano.

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