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Casos de feminicídios preocupam delegados em Cascavel

Solange Paes de Almeida, 51 anos, faleceu na noite de terça-feira (14) no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em decorrência de um caso de...

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Por Isabella Chiaradia

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Apenas na primeira quinzena do ano de 2025, Cascavel registrou dois casos consumados e um tentado de feminicídio na cidade:

Solange Paes de Almeida, 51 anos, faleceu na noite de terça-feira (14) no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em decorrência de um caso de violência passional ocorrido no último domingo (12), em Cascavel. A vítima foi esfaqueada em um bar localizado na Rua Osvaldo Dal Oglio, no bairro Brasmadeira.

Aline de Melo Canhet, de 27 anos foi brutalmente assassinada com um disparo de arma de fogo em sua própria residência, localizada na Rua Munique, no bairro Cascavel Velho, na região sul da cidade, na manhã de terça-feira (14).

A tentativa de feminicídio foi registrada na manhã de quarta-feira (15), na Rua Tamoios, no Bairro Santa Cruz. No local, uma mulher de 22 anos de idade foi ferida com golpes de facão durante uma discussão com o companheiro.

Feminicídios em Cascavel

Os casos de feminicídios tem gerado preocupação nos delegados da cidade. Diante disso, o doutor Fabiano Mozza, da Delegacia de Homicídios e a doutora Raisa Scariot da Delegacia da Mulher, concederam uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (17) e comentaram sobre as ações da polícia para combater os crimes de violência contra a mulher em Cascavel.

Raisa reforçou a importância da denúncia e destacou que a Delegacia da Mulher, localizada na Rua da Bandeira 1301, é o local apropriado para que as vítimas denunciem seus agressores e solicitem uma medida protetiva.

Sobre o caso da Aline Canhet, a delegada informou que ela nunca havia procurado às autoridades para registrar queixas de violência. Por outro lado, Solange de Almeida já havia procurado à Delegacia da Mulher e havia dois inquéritos em andamento para investigar as denúncias feitas por ela.

Sobre o caso da Solange, a delegada relatou: “Ao que tudo indica, a Solange tinha uma medida protetiva em vigor, mas ainda está um pouco nebulosa essa questão se eles haviam reatado ou não o relacionamento, uma vez que eles chegaram ao bar [onde crime acontece] juntos”.

A medida protetiva protegeu Solange?

Sobre essa questão, Raissa pontuou que a medida protetiva é eficaz, mas não é infalível porque depende do aparato policial. “Ela é importante, porque a mera aproximação do autor com a vítima, possibilita que as forças policiais atuem e a mera aproximação pode levar à uma prisão em flagrante do autor”, explicou a delegada.

Se a vítima reata com o agressor, a medida protetiva perde sua eficácia?

Raissa informou que a resposta desta pergunta encontra divergência nos tribunais brasileiros. Para a delegada, caso a vítima reate o relacionamento com o agressor, ela deixa de estar protegida pela medida: “Eu entendo que ela abriu desta proteção. A vítima precisa estar consciente da importância de repensar voltar para um relacionamento em que ela já foi agredida”, destacou a delegada.

No caso da Solange, não há registros de que ela tenha procurado a Delegacia ou o Poder Judiciário solicitando a retirada das medidas que ela possuía.

Homem que matou Solange de Almeida foi preso

O acusado do feminicídio contra Solange foi preso na manhã desta sexta-feira (17) pela Delegacia de Homicídios no Bairro Alto Alegre.

O delegado Fabiano Mozza ressaltou que, além de Solange, outra mulher possuía medida protetiva contra ele. Além disso, ele destacou que o autor possui diversas passagens pelo setor policial: “Histórico grande de violência doméstica”, definiu o delegado.

“Não há dúvidas”, diz delegado sobre autor do feminicídio contra Aline Canhet

Para o delegado Fabiano Mozza, não há dúvidas sobre a autoria do crime que vitimou Aline Canhet. Para ele, o autor é um homem que mantinha um relacionamento extraconjugal com a jovem.

O suspeito teria rompido a tornozeleira eletrônica e teria fugido para Foz do Iguaçu. Na quinta-feira (16), ele se apresentou na Delegacia Homicídios em companhia da esposa, que assumiu o crime, porém, neste momento, de acordo com Mozza, “A equipe de investigação não acredita que tenha sido ela”.

Caso, ao longo do inquérito, seja constatado que a esposa do suspeito realmente não tenha cometido o crime contra Aline, ela deverá responder por auto-acusação falsa, previsto no art. 341 do Código Penal Brasileiro, podendo enfrentar uma pena de três meses a dois anos, ou multa.

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