CGN
Acesse aqui o Discover e busque as mais lidas por mês!

Projeção de déficit primário em 2025 passa de R$ 87,3 bi para R$ 84,3 bi, aponta Prisma Fiscal

Inicialmente, o governo pretendia zerar o déficit em 2024 com o novo arcabouço fiscal, e gerar superávit já a partir de 2025. Mas, ainda no ano...

Publicado em

Por Agência Estado

Publicidade

Os analistas de mercado ouvidos mensalmente pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projetam que o governo entregará um resultado primário com déficit de R$ 84,3 bilhões em 2025. A estimativa mostra um cenário mais favorável em relação ao documento anterior, de dezembro, que projetava um rombo de R$ 87,3 bilhões, mas ainda distante da meta fixada para este ano. Os dados constam do boletim Prisma Fiscal de janeiro, divulgado nesta quinta-feira, 16. As informações foram coletadas até o quinto dia útil do mês de janeiro.

Inicialmente, o governo pretendia zerar o déficit em 2024 com o novo arcabouço fiscal, e gerar superávit já a partir de 2025. Mas, ainda no ano passado, decidiu alterar a meta fiscal para 2025 quando enviou o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) ao Congresso: de um superávit equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, agora o alvo é repetir o resultado neutro, de 0% do PIB.

Para 2026, a projeção do Prisma mostra um resultado pior em relação ao mês anterior. A expectativa do mercado é de déficit de R$ 79,3 bilhões – em dezembro, a projeção era de rombo de R$ 78,8 bilhões. O governo espera que em 2026 já seja possível fechar as contas no azul, com um superávit fiscal de 0,25% do PIB.

Um dos objetivos da nova regra fiscal é perseguir superávits primários, partindo de um resultado neutro em 2024. A proposta substituiu o teto de gastos, com regras mais flexíveis para as despesas do governo. Os gastos só poderão crescer em até 70% do aumento da receita, dentro do intervalo de 0,6% a 2,5% acima da inflação.

O Prisma deste mês revisou para cima as previsões do mercado para as receitas federais em 2025, com as projeções partindo de R$ 2,830 trilhões e passando para R$ 2,844 trilhões. Para 2026, a projeção para a arrecadação também avançou, passando de R$ 2,999 trilhões para R$ 3,009 trilhões.

A estimativa para a receita líquida do Governo Central em 2025 passou de R$ 2,287 trilhões para R$ 2,294 trilhões, enquanto para 2026 variou para cima, de R$ 2,447 trilhões para R$ 2,451 trilhões.

Pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central este ano variou de R$ 2,378 trilhões para R$ 2,384 trilhões. Para 2026, a estimativa passou de R$ 2,527 trilhões para R$ 2,546 trilhões.

A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) teve resultados distintos para cada ano. Para 2025, a estimativa passou de 82% do PIB em dezembro para 81,20% do PIB no relatório divulgado nesta quinta-feira. Para 2026, a projeção passou de 85,53% para 84,70%, na mesma comparação.

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 estimava que a DBGG chegasse a 77,9% do PIB neste anos. A expectativa era de que a dívida bruta alcançasse 79,1% do PIB em 2026 e 79,7% do PIB em 2027. Contudo, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, já adiantou que essa trajetória será alterada. Em 2028, o nível da DBGG ficaria entre 81% e 82% do PIB.

Google News CGN Newsletter

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais