Após morte de gatinho por maus-tratos, delegado fala sobre soltura de acusado

A morte do gatinho Pirulito, vítima de maus-tratos em Cascavel, ganhou novos capítulos nesta quinta-feira (16). Em uma entrevista coletiva, o delegado Marcos Fontes reforçou os detalhes do caso que chocou a cidade. O homem de 65 anos, que foi flagrado por câmeras de segurança arremessando o animal no Jardim Veneza, foi solto apenas um dia após o crime.

O felino, após ser violentamente jogado contra a rua, sofreu graves ferimentos. Mesmo recebendo atendimento veterinário, não resistiu e veio a óbito na quarta-feira (15). Segundo o atestado de óbito, a causa da morte foi choque séptico causado por ruptura intestinal, consequência direta das agressões.

O delegado Fontes explicou que, apesar da gravidade do crime, o agressor foi liberado pela justiça sem necessidade de fiança. Foram estabelecidas medidas cautelares, como a proibição de se ausentar da comarca sem comunicar ao Poder Judiciário, a obrigação de comparecer a todos os atos do inquérito ou do processo e a proibição de qualquer contato com os tutores do animal.

Quanto ao inquérito, o delegado afirmou que já está bem avançado. Os tutores do gato já apresentaram comprovantes de gastos com exames e intervenções médico-veterinárias. Se condenado, o agressor poderá ter a pena aumentada de um sexto a um terço, levando em consideração a situação do indiciado.

Questionado sobre a liberação do agressor, o delegado explicou que o Código de Processo Penal de 1940 não prevê a prisão preventiva em crimes praticados contra animais. Entretanto, caso o agressor descumpra as medidas cautelares estabelecidas, o magistrado poderá decretar a prisão preventiva.