Sanepar intensifica trabalho de inspeção e vistorias do sistema de esgoto do Litoral
As equipes estarão percorrendo 290 mil metros das redes coletoras e vistoriando mais de 10 mil ligações nos balneários de Praia de Leste, Canoas, Santa Terezinha,......
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Por CGN
As tubulações de coleta e transporte de esgoto, os poços e os dispositivos dos sistemas de esgotamento sanitário do Litoral paranaense passam permanentemente por serviços de inspeção, manutenção e controle operacional. Iniciando por balneários de Pontal do Paraná, este trabalho está sendo intensificado pelas equipes da Sanepar desde terça-feira (14). Em paralelo, os técnicos iniciaram as vistorias técnicas operacionais (VTOs) para identificar possíveis irregularidades nas ligações domiciliares.
As equipes estarão percorrendo 290 mil metros das redes coletoras e vistoriando mais de 10 mil ligações nos balneários de Praia de Leste, Canoas, Santa Terezinha, Ipanema e Shangrilá. Neste trajeto também serão vistoriados 2,9 mil poços de inspeção utilizados para os serviços de manutenção. As equipes são formadas por empregados do Litoral, funcionários da empresa JPR, contratada pela Sanepar para este trabalho ao longo do ano, e por mais 13 empregados da Sanepar de outras regiões do Estado, que se somam ao grupo para executar essa força-tarefa.
O Litoral do Paraná conta com 1,2 milhão de metros de redes que coletam o esgoto de 74,4 mil imóveis. 100% do esgoto coletado recebe tratamento em uma das cinco estações de tratamento localizadas nos municípios da região litorânea.
O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, falou que a Sanepar está empenhada em atender a determinação do Estado para apoiar os municípios com as situações emergenciais e limpeza das praias. “São várias e várias equipes em uma mobilização imensa para que possamos fazer do Paraná cada vez mais um exemplo de veraneio no Brasil”, destaca. Ele ainda lembra que outra importante ação ambiental é a do diagnóstico das galerias de águas pluviais, que também está sendo feito pela Sanepar em apoio aos municípios.
“Temos várias ações sendo implementadas que vão desde a educação ambiental até as questões de saneamento básico, com as verificações e fiscalizações. São equipes mobilizadas com espírito combativo, de participação e de determinação para prestar um bom serviço”, destaca o presidente.
Para esse trabalho de vistoria é necessária a entrada das equipes nos imóveis. Eles farão a inspeção em todos os pontos hidráulicos de saída da água para identificar se tudo está ligado corretamente, principalmente se a água de chuva está canalizada nas tubulações das galerias de águas pluviais ou direcionadas para escoamento direto no solo. Também são verificadas as saídas das pias e se o imóvel dispõe de caixa de gordura. As equipes estarão sempre com uniforme e crachá de identificação.
A partir da identificação de alguma irregularidade, será feita a notificação e o proprietário do imóvel terá um prazo para regularizar a sua ligação. Essas notificações serão encaminhadas também para a Vigilância Sanitária para que possam acompanhar e cobrar atitudes positivas. Se mesmo assim, persistirem os problemas, haverá sansão pecuniária.
Todo esse trabalho e esforço visam auxiliar a reduzir os impactos causados em dias de chuva nos sistemas de drenagem e na operação e manutenção dos sistemas de coleta e tratamento do esgoto. A água da chuva traz inúmeros transtornos nas tubulações de esgoto, que não são dimensionadas para esse fim, causando extravasamentos em locais públicos, refluxo do esgoto para dentro dos imóveis, contaminação ambiental e dificuldade no tratamento do esgoto.
GALERIAS PLUVIAIS – Com equipamentos de filmagem, as equipes da Sanepar estão percorrendo os trechos das galerias que coletam a água da chuva, chamadas de galerias de águas pluviais, para identificar pontos de assoreamento e possíveis fissuras e infiltrações.
Os trechos assoreados, com areia obstruindo a passagem, terão outra ação da Sanepar. As equipes, utilizando caminhões hidrojateadores, farão o trabalho de desobstrução para que o fluxo da água volte à normalidade e evite a possibilidade de alagamentos. Os trechos com fissuras ou infiltrações terão ações das equipes dos municípios.
DEVER DE TODOS – A responsabilidade ambiental é dever de todos. As tubulações de coleta e transporte do esgoto e as que coletam a água chuva seguem caminhos distintos e bem definidos, os seja, não devem ser misturadas. A água que escorre pelas calhas e ralos externos dos imóveis deve ser canalizada nas galerias de águas pluviais. Já o esgoto dos imóveis precisa ser transportado até as estações de tratamento antes de ser lançado nos cursos de água.
Lixo, pedra, areia, detritos e água da chuva impedem o fluxo normal e natural dos efluentes coletados nos imóveis, bom como o fluxo da água nas galerias de águas pluviais.
“Com o trabalho incessante da Sanepar, com a atuação forte dos órgãos ambientais e de vigilância e com a participação e colaboração da sociedade podemos ter sistemas funcionando corretamente e o meio ambiente preservado”, destaca o diretor de Operações da Sanepar, Sérgio Wippel.
A Sanepar e a Prefeitura de Pontal do Paraná também vão atuar com trabalho educativo junto à população litorânea e flutuante. “É preciso despertar a consciência e o amor para as causas ambientais. Quem ama cuida. E é isso que as ações conjuntas buscam”, enfatiza Wippel.
Fonte: AEN
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