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Umbandista diz que foi torturada por moradores da Comunidade Jangada Taborda

O local é envolto de várias polêmicas relacionadas às práticas religiosas que assustam os moradores da comunidade, pois no cemitério são encontradas diversos objetos e animais...

Publicado em

Por Isabella Chiaradia

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Maria Eduarda é praticante da Umbanda, uma religião afro-brasileira, e esteve no Cemitério da Comunidade Jangada Taborda na noite de segunda-feira (13) para praticar atos relacionados à sua fé.

O local é envolto de várias polêmicas relacionadas às práticas religiosas que assustam os moradores da comunidade, pois no cemitério são encontradas diversos objetos e animais mortos que são utilizados em rituais. Além disso, denúncias indicam que túmulos já foram abertos e restos mortais já foram retirados das sepulturas durante às supostas práticas.

Maria Eduarda procurou a CGN para esclarecer o que aconteceu na noite de ontem, quando ela e mais seis pessoas foram abordadas pelos moradores que possuem familiares sepultados naquele cemitério.

De acordo com ela, o grupo apenas estava no local para rezar e acender velas, tanto na porta do cemitério quanto na encruzilhada que fica nas proximidades, mas que teriam sido duramente impedidos pelos residentes da Comunidade.

Maria Eduarda ressaltou que nem ela, nem nenhum dos membros do grupo abordado ontem, é responsável pelo arrombamento dos túmulos e destacou que é contrária à essa prática: “A gente não tira a razão, a dor deles, de estarem defendendo o túmulo do entes queridos que já foram”.

O que Maria Eduarda não concorda é a forma que os umbandistas foram abordados pelos moradores. Ela disse que eles chegaram armados, ameaçaram atirar contra o grupo e foram bastante agressivos.

Maria Eduarda relatou que ela e todos os irmãos de santo ficaram bastante assustados com a situação e contou que durante à abordagem, os moradores zombaram deles e os fizeram pedir perdão pelas práticas no cemitério.

A atitude dos moradores com o grupo da Umbanda foi classificada por Maria Eduarda como “tortura”, pois teriam sido subjugados e ameaçados por cerca de duas horas, e “tentativa de homicídio”, pois os moradores teriam tentado atirar contra eles, o que não foi possível graças à uma falha apresentada pela arma, conforme o relato da entrevistada.

Após a confusão registrada ontem no Cemitério da Jangada Taborda, apesar de nenhum dos envolvidos ter sido detido, as autoridades competentes foram mobilizadas para investigar e determinar os responsáveis pelas violações e pelos rituais realizados dentro do cemitério.

Por outro lado, a comunidade espera por medidas efetivas e que garantam a preservação e o respeito ao local e aos mortos que ali estão sepultados.

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