Drama em Hospital Estadual: três recém-nascidos perdem a vida em meio a denúncias de negligência

O ano de 2025 mal começou e o Hospital Estadual de Luziânia (HEL), situado no Entorno do Distrito Federal, já é palco de um drama que atinge diversas famílias. Três recém-nascidos perderam a vida na instituição e as famílias alegam negligência médica, falta de preparo da equipe hospitalar e descaso como os motivos para as tragédias.

Jaqueline Fernanda Alves Vieira, de 29 anos, é uma das mães que denunciam o hospital. Ela perdeu a filha recém-nascida, Helena Alves, após um parto conturbado e a demora na realização de uma cesariana. Apesar de ter solicitado o procedimento após horas de trabalho de parto sem progresso, Jaqueline afirma que o pedido foi negado. A situação só mudou quando ela aceitou o uso de ocitocina para acelerar o parto. Após o nascimento, a filha apresentou sinais de desconforto e chorava intensamente. Helena foi diagnosticada com uma clavícula quebrada, condição que, segundo Jaqueline, não foi comunicada adequadamente pela equipe médica.

Outro caso é o de Yara Mafra dos Reis, de 17 anos, que perdeu a filha após um trabalho de parto repleto de incertezas e falta de informações claras. Yara deu entrada no hospital sentindo fortes dores e, após ser informada de que tudo estava bem com o bebê, foi encaminhada para uma cesárea urgente quando os batimentos da criança já não eram mais detectados.

Além de Jaqueline e Yara, outras mães também registraram denúncias de negligência médica no mesmo hospital. As denúncias foram registradas na 1ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Luziânia (GO).

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e o Hospital Estadual de Luziânia (HEL) foram procurados para se pronunciar sobre as denúncias. Em nota, eles informaram que, em 2024, foram realizados 1.359 partos na unidade, com um índice de óbitos em recém-nascidos de 0,73%. Sobre os casos registrados em dezembro e janeiro, apontaram para fatalidades.

Fonte: Metrópoles