Tragédia: 22 cavalos são mortos por possível intoxicação alimentar
Os óbitos ocorreram desde o dia 1º de janeiro de 2025, sendo 12 registrados em um haras localizado na Nilton Lins, no bairro Tarumã, zona oeste...
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Por Silmara Santos
Nesta quinta-feira (9), a Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema) atualizou os avanços na investigação sobre a morte de 22 cavalos em diferentes localidades do Amazonas. O caso, que chamou a atenção de autoridades e defensores dos direitos animais, tem como principal hipótese a intoxicação alimentar.
Os óbitos ocorreram desde o dia 1º de janeiro de 2025, sendo 12 registrados em um haras localizado na Nilton Lins, no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, e 2 em Presidente Figueiredo. A gravidade do incidente levou a Dema a atuar em conjunto com peritos criminais e técnicos da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf).
Entre as principais medidas, estão a realização de necropsias nos animais, análises detalhadas dos alimentos suspeitos e vistorias nos locais de produção, armazenamento e distribuição da alimentação fornecida aos cavalos. Funcionários dos haras, veterinários e tratadores também foram ouvidos para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.
Em entrevista, o delegado geral adjunto, Guilherme Torres, destacou a complexidade do caso. “Estamos analisando não apenas a qualidade do feno, mas também fatores como armazenamento e distribuição do alimento. A principal suspeita é a intoxicação alimentar, mas só teremos confirmação após o resultado da perícia técnica”, afirmou.
Segundo o delegado, as investigações também se concentram em rastrear os fornecedores para determinar se houve negligência ou erro na produção do alimento. Até o momento, não há indícios de crime doloso, mas há possibilidade de culpa em relação ao manejo inadequado ou contaminação dos produtos fornecidos.
A tragédia despertou preocupações sobre as condições de cuidado e alimentação de cavalos, que, segundo Torres, apesar de robustos, são animais sensíveis que exigem uma dieta rigorosa. Os cavalos falecidos tinham diversas finalidades, desde atividades recreativas até competições esportivas, como provas de tambor.
As autoridades reforçaram que, embora os estabelecimentos envolvidos continuem operando, qualquer comprovação de negligência ou falha resultará em responsabilizações. “Nossa prioridade é identificar a causa da morte e evitar que novos casos aconteçam. Todo esforço está sendo feito para trazer respostas e justiça”, concluiu o delegado.
Fonte: O Imediato
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