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Suruba de Réveillon: Polícia usa reconhecimento facial para identificar 30 envolvidos em orgia pública

De acordo com o delegado Sandro Caldeira, responsável pelo inquérito, os envolvidos estão sendo identificados para prestar esclarecimentos. Ele lembrou que a prática de atos obscenos...

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Por Diego Cavalcante

Agentes da 14ª DP (Leblon) da Polícia Civil do Rio de Janeiro estão utilizando tecnologia de reconhecimento facial para identificar cerca de 30 homens que participaram de um ato sexual coletivo na Pedra do Arpoador, Zona Sul da cidade, durante a madrugada de réveillon. A prática, que se estendeu até o amanhecer, foi filmada e compartilhada nas redes sociais, rapidamente apelidada de “surubão do Arpoador”.

De acordo com o delegado Sandro Caldeira, responsável pelo inquérito, os envolvidos estão sendo identificados para prestar esclarecimentos. Ele lembrou que a prática de atos obscenos em espaços públicos é tipificada como crime pelo Artigo 233 do Código Penal, com pena de até um ano de detenção ou multa.

As gravações foram enviadas ao Instituto de Identificação Félix Pacheco, que utilizará tecnologia de reconhecimento facial fornecida pelo Detran para cruzar os dados com bancos de imagens civis e criminais. Segundo Alexandre Trece Motta, diretor do instituto, o sistema gera uma lista preliminar de possíveis correspondências, analisada manualmente por peritos. O processo, que segue protocolos internacionais, resultará em um laudo apontando os nomes mais prováveis, mas sem atribuir autoria diretamente.

Uso ampliado da tecnologia

No Rio de Janeiro, a Polícia Militar já adota câmeras de alta definição para localizar foragidos desde o final de 2023. Após o réveillon de 2024, a tecnologia foi expandida para o carnaval, cobrindo grandes eventos como o desfile no Sambódromo e shows em Copacabana.

As imagens da orgia compartilhadas nas redes sociais, incluindo plataformas como Instagram, TikTok e X, têm sido cruciais nas investigações. Vídeos mostram com clareza o rosto de pelo menos dez participantes, além de características como tatuagens, roupas e biótipos. Um vídeo de quase 30 minutos, registrado por um dos envolvidos e publicado em um site adulto, oferece mais detalhes do ocorrido.

Local já era conhecido por encontros

O episódio ocorreu nas proximidades da Skate Bowl, junto ao Parque Garota de Ipanema, uma área já mencionada em guias LGBTQIA+ como ponto de encontros noturnos ao ar livre. Desta vez, a atividade ilegal se prolongou até a manhã, surpreendendo frequentadores que chegaram ao local para praticar esportes.

A Polícia Civil segue analisando as evidências e promete intensificar o uso de ferramentas tecnológicas para coibir práticas semelhantes em espaços públicos.

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