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Entidades de defesa dos povos indígenas repudiam ataques no PR e cobram ação de autoridades

Em texto conjunto, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), a Articulação dos Povos Indígenas do Sul do Brasil (Arpin...

Publicado em

Por Agência Estado

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Entidades de defesa dos povos indígenas repudiaram, em nota, os ataques contra membros da comunidade Avá-Guarani na região de Guaíra, no oeste do Paraná. Na última sexta-feira, 3, quatro indígenas foram baleados e hospitalizados. “Basta de covardia! Manifestamos nossa solidariedade aos Avá-Guarani e instamos o governo federal para que se posicione publicamente, garantindo os direitos e a proteção aos indígenas”, afirmam as entidades.

Em texto conjunto, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), a Articulação dos Povos Indígenas do Sul do Brasil (Arpin Sul), a Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpin Sudeste) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) relatam que, desde o dia 29, a comunidade vem sofrendo vários ataques a tiros, com incêndio a moradias e lançamento de bombas.

As entidades acusam o poder público de omissão e incitação da violência. “O governo do estado do Paraná, por meio de falas preconceituosas e ofensivas de seu governador, tem incitado e alimentando o ódio e a violência contra os Avá-Guarani”, dizem.

Além disso, afirmam que a Força Nacional, que foi enviada à região por meio da Portaria Nº 812, do Ministério da Justiça, para atuar e conter a violência, “age, ao que parece, como se nada estivesse ocorrendo”. “Ao ser permanentemente acionada pela comunidade ou inclusive por instâncias do governo federal, relativiza as denúncias e chega sempre atrasada, depois que os indígenas já foram agredidos.”

A nota diz ainda que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) tem pouco efetivo para intervir no contexto local e “quando aciona a Força Nacional, não consegue mobilizar o apoio para a comunidade”. Tampouco agentes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) conseguem obter da Força Nacional “a resposta necessária face a tanta brutalidade”, de acordo com as entidades.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou ter reforçado em 50% o efetivo da Força Nacional nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná, após os ataques. Em nota, a Polícia Federal (PF) disse que abriu inquérito para apurar a autoria e responsabilidade criminal dos envolvidos.

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