Família de Cascavel passa sufoco e gasta ‘fortuna’ em viagem às Maldivas
O que deveria ser um momento especial de celebração para uma família acabou transformado em um verdadeiro pesadelo logístico....
Publicado em
Por Redação CGN
Era para ser uma viagem inesquecível. Planejada nos mínimos detalhes, a comemoração das bodas de prata de um casal cascavelense prometia dias de descanso e celebração em um cenário de tirar o fôlego: as paradisíacas Maldivas. Passagens compradas, hospedagem garantida e tudo ajustado para que a família de Cascavel pudesse aproveitar ao máximo a experiência. Porém, um atraso inesperado em um voo da Qatar Airways mudou completamente o rumo dessa história, transformando o sonho em uma sequência de transtornos e dores de cabeça.
O primeiro obstáculo
A jornada teve início em Curitiba, de onde a família embarcou rumo a São Paulo. O voo internacional QR 774 da Qatar Airways estava programado para decolar de Guarulhos às 3h50, com destino a Doha, mas poucas horas antes do embarque, a companhia enviou uma mensagem informando o cancelamento do voo. A justificativa? Supostas condições climáticas adversas.
No aeroporto, o cenário não era nada promissor. Sem informações claras, os passageiros precisaram esperar até a madrugada para obter algum atendimento. Quando finalmente atendidos, foi-lhes oferecida hospedagem em um hotel distante, mas a família optou por pagar por um hotel mais próximo ao aeroporto para tentar descansar. Esse foi apenas o início de uma sequência de eventos que testaria todos os limites de paciência e organização.
Horas de espera e novos problemas
Quando finalmente conseguiram embarcar, com mais de oito horas de atraso, chegaram a Doha apenas para enfrentar outro problema: a conexão para Dubai havia sido perdida. Sem alternativas oferecidas pela Qatar Airways, a família ficou 16 horas no aeroporto, com apenas um voucher de alimentação, considerado insuficiente para cobrir suas necessidades.
A tentativa de alterar o itinerário para seguir diretamente de Doha para as Maldivas foi negada pela companhia, que alegou estar contratualmente obrigada apenas a levá-los até Dubai. O atraso inicial desencadeou um efeito dominó: além da conexão perdida, os voos subsequentes foram comprometidos, e os bilhetes emitidos anteriormente tornaram-se inutilizáveis.
A conta final
Com o intuito de salvar parte da viagem, a família precisou arcar com novos bilhetes de última hora para seguir de Doha às Maldivas, acumulando despesas que ultrapassaram R$ 18 mil. Além disso, uma diária de luxo em um resort nas Maldivas, já paga antecipadamente, foi perdida. Na volta ao Brasil, enfrentaram mais um contratempo: o cancelamento de um dos bilhetes de retorno, o que resultou em mais uma despesa inesperada.
Frustração e conquistas na justiça
Ao retornar ao Brasil, a família levou o caso à Justiça. No processo, ficou comprovado que as condições climáticas usadas como justificativa pela Qatar Airways não correspondiam à realidade no momento do voo. Além disso, a companhia não demonstrou ter tomado as medidas necessárias para minimizar os transtornos.
A Justiça reconheceu que os passageiros sofreram não apenas prejuízos materiais, mas também danos morais, considerando o contexto especial da viagem, que deveria celebrar um marco significativo na vida da família. No total, foi determinada uma indenização de R$ 38.646,59 para cobrir as despesas materiais comprovadas, como passagens adicionais e a diária perdida. A título de danos morais, foram fixados R$ 15.000,00 para cada membro da família, totalizando R$ 60.000,00.
A decisão é de 1ª instância e cabe recurso, podendo ser reformada pelo Tribunal de Justiça do Paraná.
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