Prefeito de Cascavel promete medidas judiciais contra sindicato após paralisação dos ônibus
A cláusula em questão, presente nas diretrizes da licitação, permite que o poder concedente exija a dispensa de funcionários, sem assumir qualquer responsabilidade em caso de...
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Por Fábio Wronski
Na madrugada de quinta-feira (5), uma assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Cascavel (STTCC) atrasou a saída dos ônibus na cidade. O encontro, realizado na entrada das empresas de transporte coletivo, visava discutir uma cláusula controversa relacionada à nova concessão de transporte público, que os trabalhadores consideram prejudicial e inconstitucional.
A cláusula em questão, presente nas diretrizes da licitação, permite que o poder concedente exija a dispensa de funcionários, sem assumir qualquer responsabilidade em caso de ação judicial. Segundo o STTCC, essa condição é inaceitável.
A paralisação dos ônibus, que só voltaram a operar normalmente às 07h15, afetou diversos usuários do transporte público. Diante dessa situação, a Prefeitura de Cascavel, liderada pelo Prefeito Leonaldo Paranhos, anunciou que tomará medidas judiciais contra o sindicato. De acordo com o Prefeito, a ação do sindicato prejudicou mais de 25 mil pessoas, em uma cidade que registra 60 mil embarques diários.
Em coletiva de imprensa, o Prefeito Paranhos expressou sua indignação com a situação, classificando a ação do sindicato como “irresponsável”, “covarde” e “criminosa”. Paranhos também levantou suspeitas sobre a coincidência do protesto com a data da licitação do transporte coletivo, marcada para a próxima segunda-feira.
O Prefeito Paranhos solicitou ao procurador do município e à OAB ações judiciais contra o sindicato, além de medidas para ressarcir financeiramente as pessoas prejudicadas pelo atraso no transporte público. Paranhos também lamentou o oportunismo de alguns que elevaram a tarifa do transporte alternativo durante a paralisação.
O Procurador do Município, Edson Zorek, falou sobre as ações que serão tomadas pela Prefeitura de Cascavel, diante da paralização, a qual não seguiu requisitos para a paralisação. Também será ingressada com uma ação para que, se a Justiça acatar, já esteja fixada uma multa ao sindicado diante de novas paralisações sem os preceitos básicos.
A presidente da Transitar, Larissa Boeing, defendeu a cláusula, argumentando que ela visa garantir a qualidade dos serviços e a segurança dos usuários. Segundo ela, a cláusula permite a dispensa de funcionários cuja conduta seja prejudicial ao bom desempenho dos serviços.
O Prefeito Leonaldo Paranhos também defendeu a cláusula, afirmando que a medição da satisfação e a segurança dos usuários são fundamentais para a melhoria do serviço. Paranhos reforçou que a licitação seguirá conforme planejado na próxima segunda-feira e que a cláusula só será removida se houver uma determinação judicial.
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