Acusado de esfaquear irmão é liberado por falta de provas
O acusado foi localizado escondido debaixo de uma cama dentro da residência....
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Por Redação CGN
O jovem de 21 anos acusado de esfaquear o próprio irmão durante uma confusão familiar no bairro Brasília, em Cascavel, foi liberado no dia 2 de dezembro. A decisão foi tomada pelo juiz Marcelo Carneval, que apontou a insuficiência de elementos probatórios para justificar a manutenção da prisão em flagrante.
No despacho, o magistrado destacou a ausência de um conjunto indiciário robusto. Segundo ele, a dinâmica dos fatos permanece obscura, já que não foram colhidos depoimentos de testemunhas ou do pai dos envolvidos, que teria presenciado a confusão. “A versão prestada inicialmente pelo autuado (de que a vítima, embriagada, inicialmente ‘foi para cima’ do pai de ambos), ao menos por ora, permanece sendo a única conhecida”, afirmou o juiz.
“Embora seja prematuro formar qualquer juízo aprofundado de valor (sobretudo ante a carência de
Trecho da decisão
elementos probatórios), é possível se cogitar que o autuado tenha agido com vistas a defender o seu genitor”
O incidente ocorreu na tarde do dia 01 de dezembro, na Rua Haiti, no bairro Brasília, em Cascavel. De acordo com o relato policial, a equipe foi acionada para atender uma ocorrência envolvendo um indivíduo esfaqueado. No local, encontraram a vítima com um ferimento nas costas. A cena ainda incluía o pai dos envolvidos, enquanto o acusado foi localizado escondido debaixo de uma cama dentro da residência.
Depoimento
Durante o interrogatório, ao qual a CGN teve acesso, o acusado, apresentou uma versão dos fatos. Ele admitiu que estava no local no momento da agressão, mas negou ter desferido a facada no irmão. Segundo ele, a confusão começou após o consumo de álcool, quando o pai teria comprado duas caixas de bebida. O acusado relatou que o irmão, após beber, teria ficado alterado e iniciado uma discussão com o pai.
“Meu irmão começou a desaforar meu pai e foi para cima dele”, afirmou o suspeito. Ele declarou ainda que a facada teria sido desferida pelo pai no calor da confusão, sem intenção de machucar. “No meio da confusão, acho que foi meu pai que cutucou ele com a faca”, disse. Questionado sobre o motivo de estar escondido debaixo da cama, o acusado alegou ter ficado com medo da abordagem policial.
Apesar das alegações, testemunhas no local afirmaram que o acusado foi o responsável pela agressão. A polícia também encontrou a faca no quarto onde ele estava escondido, embora ele tenha negado que a arma estivesse em sua posse.
O processo continuará com a análise das evidências, incluindo o depoimento do acusado, as declarações das testemunhas e os laudos periciais. O Ministério Público deve decidir se apresentará denúncia contra o acusado ou se solicitará novas diligências.
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