Ex-padre acusado de estupro de vulnerável é solto e causa consternação entre vítimas
As advogadas das vítimas, Ana Carolina Oliveira e Priscilla Chagas e Moura, assinaram uma nota em que reiteram a solidariedade às vítimas e suas famílias, reafirmando...
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Por Silmara Santos
A defesa das vítimas que denunciam o ex-padre Bernardino Batista dos Santos, 77 anos, acusado de estupro de vulnerável, manifestou “profunda preocupação e pesar” com a soltura do investigado nesta quinta-feira (28 de novembro). O acusado foi beneficiado com um habeas corpus concedido pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), após pedido da defesa do ex-líder religioso. Bernardino, que ficou 36 dias preso, passa a responder em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica.
As advogadas das vítimas, Ana Carolina Oliveira e Priscilla Chagas e Moura, assinaram uma nota em que reiteram a solidariedade às vítimas e suas famílias, reafirmando o compromisso com o combate a crimes dessa natureza. A defesa também afirmou que respeitará o curso do processo legal, garantindo que todas as medidas cabíveis sejam tomadas.
O caso será tema de uma audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na próxima sexta-feira (6 de dezembro), onde se discutirá as dezenas de denúncias de abuso sexual contra Bernardino e a forma como o caso está sendo tratado pela Justiça, pela Arquidiocese e pela segurança pública.
Bernardino foi indiciado por uma denúncia de abuso de uma menina de 4 anos em 2016, mas a investigação da Polícia Civil indica que os primeiros abusos sexuais contra crianças e adolescentes, com idades entre 3 e 11 anos, ocorreram em 1980. A maioria dos casos denunciados são da época em que ele era o padre da Paróquia Nossa Senhora Medianeira e Santa Luzia, em Belo Horizonte.
Uma das vítimas do ex-padre contou sobre o abuso que sofreu em 1987, quando tinha 11 anos. Segundo seu relato, Bernardino a pegou por baixo dos ombros, a sentou em cima da mesa e começou a esfregar o órgão sexual, de forma bruta, na vagina. “Me lembro do cheiro daquele dia”, disse.
Com informações de O Tempo
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