‘Seus filhos vão te achar com a boca cheia de formiga!’ Ex-deputado sofre ameaças de morte pelo WhatsApp
Em resposta ao ofício judicial, a TIM informou que o número investigado estava registrado em nome de uma pessoa residente no Rio de Janeiro....
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Por Redação CGN
Uma série de ameaças graves, enviadas via WhatsApp, contra o ex-deputado federal Evandro Rogério Roman, morador de Cascavel, Paraná, desencadeou uma investigação policial e judicial. O caso, protocolado em 25 de setembro de 2024, na 15ª Subdivisão Policial de Cascavel, envolveu operadoras de telefonia e gigantes da tecnologia para identificar os autores dos crimes.
Conteúdo das ameaças
As mensagens foram enviadas pelo número (45) 9****-1987 e continham intimidações explícitas contra Roman e sua família. Entre as mensagens enviadas, o interlocutor afirmou:
- “Que papelão está fazendo. Não tem receio de tua família e seus filhos te encontrar com a boca cheia de formiga?”
- “Sei onde seus filhos estudam e sei de tudo da rotina deles, imaginou ficarem sem o papi querido?”
- “Já fica avisado que se não parar vamos mandar gente atrás de você para fazer o serviço mesmo e sendo bem direto, te matar.”
- “Se estiver com um familiar, seja filho ou parente, vai ser queimado junto.”
As mensagens, marcadas por tom ameaçador, foram enviadas em 16 de setembro de 2024, às 20h30, como forma de represália.
Quebra de sigilo
A advogada de Roman, Gleice Aroldi Martins, protocolou um pedido de quebra de sigilo telefônico do número utilizado para enviar as mensagens. A solicitação foi fundamentada na urgência de identificar os responsáveis e garantir a segurança da vítima. O juiz Osvaldo Alves da Silva, do 1º Juizado Especial Criminal de Cascavel, deferiu parcialmente o pedido no dia 1º de outubro de 2024, autorizando a quebra de sigilo da linha (45) 9****-1989, operada pela TIM.
Respostas da operadora TIM
Em resposta ao ofício judicial, a TIM informou que o número investigado estava registrado em nome de uma pessoa residente no Rio de Janeiro. Os dados cadastrais fornecidos indicam que a linha foi ativada em 6 de agosto de 2024 e permanece ativa. A operadora confirmou que o cadastro foi feito utilizando um CPF vinculado ao nome informado.
Além disso, foi requisitado à TIM que fornecesse os IMEIs dos aparelhos que utilizaram o número investigado. Essa medida visa rastrear as conexões anteriores, permitindo identificar outros números associados aos dispositivos utilizados.
Solicitações complementares
Os pedidos judiciais também envolveram empresas de tecnologia, como a Meta (controladora do WhatsApp, Facebook e Instagram) e o Google, com o objetivo de obter informações que possam identificar o autor das ameaças. Entre as solicitações destacam-se:
- Identificação dos endereços IP usados para registrar o número no WhatsApp.
- Relatórios de conexões dos últimos seis meses, incluindo datas, horários e IPs.
- Verificação de contas no Instagram, Facebook e Gmail vinculadas ao número investigado e os dados de cadastro dessas contas.
Essas informações, conforme previsto pelo Marco Civil da Internet, são essenciais para localizar dispositivos e responsáveis pelas conexões realizadas com o número investigado.
Implicações e investigação
A possibilidade de que os documentos utilizados para registrar o chip sejam falsificados é um dos principais focos da investigação, levantando suspeitas sobre a identidade real do titular da linha. A análise dos dispositivos associados aos IMEIs pode ajudar a rastrear atividades anteriores e localizar conexões com outras contas, ampliando o escopo da apuração.
A CGN seguirá acompanhando o caso.
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